Fatos de neoprene, câmaras de filmar e balaclavas são coisas supérfluas para o australiano de 24 anos, pelo menos em Shipsterns Bluff.

O único problema em Shipsterns Bluff não é só a água ser gelada, a onda é também uma das mais mortíferas do planeta, não apenas por causa do ajuntamento de tubarões mas também devido à sua formação traiçoeira, pesada e imprevisível. Até se podia pensar que apesar de tudo isto, a primeira vez de Karl Atkins no pico mais famoso da Tasmãnia poderia ter corrido bem, mas na verdade as duas primeiras ondas foram wipeouts ao bom velho estilo de Shipsterns. Finalmente, a terceira onda foi o sucesso esperado com um belíssimo e fluido tubo.

Desde então, parece que Karl já surfou vezes suficientes em Shipsterns Bluff para não dar pica. Como forma de subir a fasquia, resolveu surfar completamente nu a demoníaca onda da Tasmânia. Com medo de que isso não fosse suficiente, ainda convidou uma equipa de filmagens e o último sobrevivente da lendária Atlântida Kelly Slater, sem por isso se preocupar com o efeito de encolhimento que as águas geladas de Shipsterns poderiam ter na sua zona nobre.