MEDINA, DORMINDO COM O ‘INIMIGO’
Gabriel vai partilhar casa com o principal rival na luta pelo título, Mick Fanning.
No rescaldo da prova de Peniche, Gabriel Medina deu uma entrevista ao site da Globo, onde projetou o que vai ser a prova havaiana de Pipeline, onde ficará decidido o campeão mundial deste ano. Medina e Fanning são colegas de equipa na Rip Curl e vão, por isso, partilhar casa, há semelhança do que aconteceu no ano passado.
“O Mick Fanning é o meu maior rival. É claro que ainda tem o Kelly, mas o Mick se tornou o principal. Vai ser uma situação estranha e engraçada. Vamos ficar na mesma casa no Havaí, como a gente geralmente fica, e quem estiver na frente vai acabar ganhando. Vai ser um dia-a-dia difícil. Acho que todo o dia vai ser um dia de competição. Independentemente disso, o Mick é um bom amigo. Eu quero ganhar mais do nunca e ele também, por isso, sei que não vai dar mole. E eu vou fazer a minha parte, treinar, focar e viver meus dias ali. Perdi em Portugal, mas nada acabou. Eu estou perto do título e quero conquistar o meu sonho. Sonho que eu tenho desde que comecei a surfar. Lutei até agora e não vou desistir “, afirmou Gabriel.
Mick Fanning, por sua vez, não se mostra muito preocupado com a vizinhança. "Se eu enfrentar o Gabriel, será só na final. E se isso acontecer, ele já vai ser campeão”, afirmou, para depois contar como vai ser a rotina lá em casa: “Eu faço o jantar e ele o pequeno-almoço”.
Medina recordou a primeira vez que viu Fanning (e também Slater e Parkinson) de perto, quando tinha apenas 15 anos, em 2009, num King of the Groms que venceu em França. “Esses caras de perto eram ET's, né? Ficava olhando todos eles por meia hora, eram os meus maiores ídolos na época. E estar disputando esse título com o Mick é demais. Ele sempre foi um surfista que eu assistia nos campeonatos e nas revistas, e, agora, hoje eu estou podendo ter um confronto com ele direto pelo título mundial. É engraçado você competir com o seu ídolo. O Mick é uma inspiração para mim, porque é muito determinado, focado e sabe o que ele está fazendo. Mas eu também estarei focado e preparado para o momento”, garantiu.
Na caminhada para o possível título, Medina tem ainda algumas paragens previstas. Hoje volta ao Brasil, e segue para casa em Maresias, onde vai disputar o WQS Prime de Maresias, de 3 a 9 de novembro - que vai servir essencialmente como preparação, sem grande foco no resultado. “Vou disputar um campeonato em Maresias em frente à minha casa. Lá tem uma onda muito boa para treinar tubo e também vou aproveitar para testar as pranchas. Vou dar o meu melhor, mas não tenho nenhuma pressão. Quero chegar em casa, aproveitar o momento e me preparar para o Havaí. Eu dependo de mim mesmo para conseguir esse título, então eu vou fazer o que eu puder agora até o Pipe Masters. Assim que terminar o WQS, vou direto para o Havaí e não vou sair de Pipeline. Vou levar muito caldo e treinar nos tubos para chegar 100%”, sentenciou.