A história de uma prancha que voltou para o seu dono depois de ter ficado 300 dias perdida no mar sexta-feira, 15 março 2024 09:42

A história de uma prancha que voltou para o seu dono depois de ter ficado 300 dias perdida no mar

O que é nosso acaba sempre por regressar.

 

 

Paddy Power, surfista australiano, estava a surfar em Wedding Cake Island, na costa de Sydney, "no maior dia de ondas" que já vira. Usava uma prancha 10'0 da Daniels Surfboards. Foi a remar para fora que, na primeira onda de um set, o seu leash rebentou e Power ficou sem prancha. "Foi definitivamente a maior onda que já levei na cabeça", contou o surfista. Paddy regressou a terra a nadar, e não havia sinal da sua prancha. 

"É uma situação bastante improvável, tentar encontrar uma prancha perdida enquanto se nada, com toda a espuma em cima de ti e o oceano tão agitado", explica. "A minha esperança era que a prancha tivesse sido arrastada para a praia". Já em terra, passou uma hora "a caminhar pelas falésias a tentar ver se ela tinha encalhado nas rochas". Mas não encontrou nada. 

Mas a história não terminou por aqui. Exatamente 300 dias mais tarde, Luke Daniels, shaper da prancha, mandou uma mensagem a Paddy Power, "com uma única foto de uma prancha de surf coberta de percebes e mexilhões". Foram "300 dias de vida oceânica naufragada, correntes, sol e tudo mais", para que a prancha regressasse "sem danos às margens de Lake Entrance, em Victoria". Quem a encontrou foi uma senhora, que no dia seguinte enviou a localização. "Estava no meio do nada", mas a mãe de Power, por um feliz acaso, estava em Lakes Entrance no dia em que a prancha apareceu.

"A minha mãe decidiu aceitar a missão de tentar localizar a prancha", conta Paddy, "e encontrou-a coberta de percebes e mexilhões". Descrevendo a mãe como uma "verdadeira lenda", conta que ela "arrastou a pesada 10'0 durante pelo menos uma hora até ao carro sozinha". Depois de tudo isto, "a prancha está em casa, graças à corrente da Austrália Oriental, a uma senhora que teve a gentileza de nos contactar, à minha mãe e a um pescador chamado Terry". 

"Acho que esta coisa ainda tem mais surf para fazer", termina Paddy Power. 

Podemos atribuir esta história a uma série de coincidências felizes, mas podemos encontrar também nela uma metáfora ou um conselho: para confiarmos no processo e darmos tempo ao tempo, pois nem sempre as coisas acontecem da forma mais lógica, fácil ou rápida, mas isso não quer dizer que não vão acontecer. 

 

 

Perfil em destaque

Scroll To Top