Bettylou Sakura Johnson - "Estou destinada a ganhar um Título Mundial"
Atleta está em 4º lugar no ranking do Challenger Series.
Em 2021, Bettylou Sakura Johnson foi uma das jovens rookies que se qualificou para o CT 2022 através do Challenger Series. Com a onda de mulheres da nova geração a ocupar postos entre a elite, falava-se numa mudança significativa na cara do surf feminino. Mas o Championship Tour como um todo também ganhou uma cara nova em 2022, com a implementação do mid-season cut, ao qual Gabriela Bryan foi a única rookie a sobreviver.
Bettylou Sakura Johnson teve que voltar ao Challenger Series para ter a oportunidade de repetir o feito de se qualificar para o Tour. Mas Roma não foi feita num dia - a marca que estas jovens surfistas deixaram no surf feminino ainda não surtiu todos os seus efeitos, e Bettylou ainda tem caminho para trilhar. E continua a acreditar que está "destinada a ganhar um Título Mundial". Quem concorda é John John Florence, que já afirmou acreditar que Bettylou será Campeã Mundial um dia.
A jovem havaiana ocupa agora o 4º lugar no ranking do Challenger Series, o que faz dela uma das grandes adversárias da portuguesa Teresa Bonvalot (5º lugar no ranking) na luta pela qualificação para o CT 2023. O Haleiwa Challenger é a última etapa do Challenger Series deste ano, e a última oportunidade que estas surfistas têm para garantir um lugar no top cinco. Bettlylou, que venceu em Haleiwa no ano passado, tem a vantagem de jogar em casa, quase literalmente - mora em frente à onda e cresceu a surfá-la.
E uma curiosidade: a casa onde vive era a casa de Eddie Aikau. Coincidências destas seguramente reforçam o sentimento de Johnson sobre estar destinada a grandes feitos.
Aikau, Florence, Slater - as figuras inspiradoras na vida de Bettylou
A atleta tem, na verdade, várias figuras em quem se inspirar. Conta, por exemplo, que quando perdeu em Margaret River e percebeu que iria sair do Tour, foi consolada por ninguém menos que Kelly Slater. "Eu não parava de chorar, ele estava a abraçar-me, e o heat dele já tinha começado", recorda.
Mas Bettylou não está focada apenas na etapa derradeira do Challenger Series. Antes do fim do ano, também competirá no Vans Pipe Masters, de 8 a 20 de Dezembro, e não pretende ir lá só marcar presença: "o meu objectivo neste evento é vencer", afirma sem reservas.
Johnson surfou em Pipeline pela primeira vez com 12 anos, mas não com muita seriedade. Pipeline "a sério", só aos 14 ou 15 anos. Usa um capacete amarelo para que a mãe consiga vê-la ao longe. E se vencer o prémio de 100K dólares do evento, está na dúvida: ou compra um carro, ou investe numa casa.
Mas "sem pressão", garante. "Estou a aprender".