"A Final do CT devia ser exclusiva àqueles que matematicamente têm possibilidades de conseguir o Título", sugere Barton Lynch
O mais recente episódio de Stoked Bloke faz uma análise à etapa de Teahupo'o.
No último episódio de Stoked Bloke, Barton Lynch faz uma análise à décima e última etapa do CT 2022, em Teahupo'o, e aborda o tema da Finalíssima em Trestles, que começa no próximo dia 8 de Setembro e na qual competem apenas os top cinco homens e mulheres.
Lynch discute vários aspectos do Outerknown Tahiti Pro, entre eles a escolha de Nathan Hedge como wildcard do evento. Lynch tinha dito anteriormente que não era a favor desta escolha, mas após a etapa concede que Hedge justificou a sua vaga através de uma performance brilhante. Ainda assim, Lynch gostaria de ter visto o local Matahi Drollet a receber o wildcard. Lynch e Peter King, que apresenta com ele o podcast, reflectem ainda sobre a justiça na existência de wildcards de um modo geral.
O atribulado regresso histórico das mulheres a Teahupo'o
Barton fala também sobre as vitórias de Courtney Conlogue e Miguel Pupo, e sobre as qualidades destes dois competidores inteligentes e pacientes, com uma garra acrescida por não terem medo de perder.
Sobre a vitória de Courtney, aponta também para a seguinte questão: a melhor acabou por vencer, apesar das dificuldades às quais a categoria feminina foi sujeita neste evento. As mulheres competiram nas piores condições e quando o mar estava mais pequeno, impedindo as atletas que queriam surfar Teahupo'o no seu auge de fazê-lo e de aproveitar plenamente o seu regresso histórico a este local.
Finalíssima em Trestles - um formato justo?
Quanto à Final de Trestles, Lynch afirma com muita convicção que acredita que Filipe Toledo e Carissa Moore vão ser os vencedores. Mas, sobre este evento, tem algo mais a dizer: "para ser justo, se um atleta não consegue alcançar o primeiro lugar num evento único, esse atleta não deveria ser convidado para a Finalíssima. A Finalíssima deveria ser disputada por qualquer atleta que consiga derrotar o actual número 1 num só evento" - ou seja, matematicamente, apenas atletas que estão a menos de 10 000 pontos do topo deveriam poder competir nesta prova.
Entre o top cinco masculino, apenas Jack Robinson poderia matematicamente derrotar Filipe Toledo. Ou seja, segundo a lógica da sugestão de Lynch, a Finalíssima de 2022 teria que ser disputada apenas por Jack Robinson e Filipe Toledo. Na categoria feminina, Brisa Hennessy seria a única a ficar de fora, transformando a Finalíssima das mulheres num top quatro.
Uma afirmação polémica ou um formato mais justo?