A Mar - A instalação artística de André Rangel celebra o mar e o amor, e está em exposição em Nova Iorque quinta-feira, 23 junho 2022 07:49

A Mar - A instalação artística de André Rangel celebra o mar e o amor, e está em exposição em Nova Iorque

Até dia 26 de Junho. 

 

 

André Rangel é natural de Aveiro e descreve-se como um "homem à beira-mar", com uma forte ligação ao Oceano Atlântico - foi daí que surgiu a ideia de criar uma instalação artística que explorasse a relação entre o mar e o amor.

A obra é "um dispositivo de visualização original – constituído por 56 lâmpadas tubulares colocadas (...) ao longo de uma parede." As lâmpadas são controladas por um ondógrafo – uma bóia que mede a frequência e a altura das ondas. 

 

 

A obra esteve exposta na Zet Gallery em Braga, e agora está, até ao próximo dia 26 de Junho, no New York City Electroacoustic Music Festival. Foi uma das cinco obras seleccionadas por um painel de músicos e compositores de renome para integrar este festival. Apesar de longe, a instalação continua a ser activada pelas ondas de Leixões, levando assim o mar português em viagem, com tudo o que ele tem para oferecer. Mais informações sobre o festival podem ser encontradas aqui. 

 

Sobre a obra: 

 

"A Mar
Hav, Kai, Mоре, Meer, Mer, Sea, Deniz, Mare, Mope, Morze, Zee, Meri, Farraige, Tenger, Jūra, Mier, Maro, Meri, Morie, Moře, Dagat, Môr, Laut, Deti, Sami, Mare, Segara, Teku.
 
Mar, a prima mater. Mar é em Português uma palavra do género masculino, mas noutras línguas, como Alemão ou Francês é do feminino. Os desportos de deslize em ondas permitem uma relação muito íntima com a mar. Amar a mar é como amar uma mulher. Não se resiste à mar, quando se cai numa onda e se é embrulhado no turbilhão de água e espuma acontece uma entrega: relaxa-se, descontrai-se, medita-se, regressa-se à posição fetal, mas não se resiste. O tempo expande-se. Estar imerso num “espumão” — quando não se sabe para que lado está o fundo, a superfície, a praia ou o alto mar – assemelha-se a estar imerso no líquido amniótico, num útero. A mar, as ondas da mar, o ser-se embrulhado pela rebentação da mar é primordial,  maternal e, portanto, feminino. Cair em mar está longe de se equiparar a cair em pedra. Mergulhar e imergir em mar é penetrar. Mas também ser recebido e tomado. A mar seduz, outras vezes rejeita. Mulheres há que lá dão à luz. A mar às vezes está chão, outras vezes, quando excita, tem balanço, e também embala.
 
(...)
 
 
A Mar celebra vida, amor e movimento. A mancha de luz em movimento em A Mar representa o nosso movimento: como passamos pela vida, como a vida passa por nós."

 

 

 

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