Kanoa Igarashi ocupa a primeira posição do ranking Kanoa Igarashi ocupa a primeira posição do ranking foto: WSL / Thiago Diz segunda-feira, 07 março 2022 15:53

A caminho da Austrália, como se posicionam os atletas no ranking do CT?

Quem está dentro do cut, e quem ainda tem hipóteses?

 

 

 

Terminou hoje a 3ª etapa do CT 2022, o MEO Pro Portugal, em Peniche, e quem levou a taça foram o americano Griffin Colapinto e a brasileira Tatiana Weston-Webb. Ainda há muito caminho a percorrer até à finalíssima em Trestles, de 7 a 18 de Setembro, onde apenas os cinco melhores homens e mulheres estarão presentes. Antes disso, ainda há o mid-season cut, em que, de 36 homens e 18 mulheres, passamos a 24 homens e 12 mulheres a competir na segunda metade da temporada.

Faltam duas etapas para o mid-season cut, e são as duas na Austrália: Bells Beach de 10 a 20 de Abril, e Margaret River de 24 de Abril a 4 de Maio. Muita coisa mudou no ranking após a etapa de Supertubos, e muita coisa ainda pode mudar nas etapas australianas, e por isso torna-se importante fazer agora um ponto da situação.

 

 

O top 5 masculino

 

Se a finalíssima fosse hoje, quem seriam os cinco homens na luta pelo título?

Com a sua prestação em Supertubos, Kanoa Igarashi passou a ocupar o primeiro lugar do ranking, destronando Barron Mamiya. Mamiya entrou na etapa de Pipeline como wildcard e ficou em 9º lugar, e voltou a entrar em Sunset Beach, desta vez como substituto, onde conseguiu uma improvável e emocionante vitória. Foi chamado para competir em Portugal, onde acabou por perder prematuramente, terminando em 17º, e foi parar ao segundo lugar do ranking. Kanoa tinha afirmado em entrevista para a Surftotal que o seu objectivo em Peniche, para além de ganhar, era conseguir ficar em primeiro no ranking e partir para a Austrália com a lycra amarela. Acabou por perder nos quartos-de-final, mas garantiu, mesmo assim, a liderança do ranking.

O atleta que poderia ter ameaçado este objectivo de Igarashi era Kelly Slater, que inciou a temporada com uma vitória histórica em Pipeline, mas não teve a mesma sorte em Sunset Beach, onde ficou em 17º. No entanto, Slater caiu nos oitavos-de-final em Supertubos, pelas mãos de Griffin Colapinto, e agora divide o 2º lugar do ranking com Mamiya. Em terceiro lugar está Filipe Toledo, que, depois de dois 9ºs lugares no Havai, chegou à final em Peniche e terminou a prova em segundo lugar. Por fim, Seth Moniz ocupa a quinta posição, tendo conseguido um 2º lugar em Pipeline e um 5º em Sunset Beach. Em Portugal as coisas não lhe correram tão bem e terminou em 17º, o que fez com que descesse no ranking.

 

 

Top 5 masculino

 

 

O top 5 feminino

 

Na categoria feminina, Brisa Hennessy conseguiu agarrar-se à lycra amarela, mesmo tendo ficado em 9º lugar em Peniche. A costa-riquenha que conseguiu um 5º lugar em Pipeline e uma vitória em Sunset Beach (a sua primeira no CT), só poderia ter sido destronada por Lakey Peterson ou por Carissa Moore. Moore deixou de ser uma candidata à liderança quando foi derrotada nas meias-finais por Tatiana Weston-Webb, e Peterson precisaria ter vencido a etapa portuguesa para se fazer ao título. Como a vitória foi para as mãos de Weston-Webb, Peterson e Moore partilham agora o segundo lugar do ranking.

O início de temporada de Tatiana Weston-Webb não foi ideal, tendo ela terminado em 9º lugar nas duas etapas havaianas. A sua vitória em Peniche fê-la subir 10 posições, e a brasileira está agora em quarto lugar, à frente de Malia Manuel, em quinto. Malia ficou em 9º em Portugal, e tem os seus resultados no Havai para agradecer pela sua actual posição no ranking (um 5º lugar em Pipeline e um 2º em Sunset Beach).

 

 

Top 5 feminino

 

 

Quem está dentro do cut?

 

O que interessa saber, para já, é quem está dentro do mid-season cut, e quem se vai conseguir manter nele até ao fim das etapas australianas.

Do lado feminino estão duas rookies, India Robinson (8º) e Gabriela Bryan (9º), e ainda Moana Jones Wong, a wildcard de Pipeline e Sunset Beach (10º). Moana foi a vencedora da etapa de Pipeline, mas ficou aquém das expectativas em Sunset Beach, terminando em 17º lugar. Para defender a sua posição dentro do cut, precisaria de voltar a ser chamada para competir como wildcard na Austrália.

Ainda dentro do cut estão Johanne Defay (6º) e Tyler Wright (7º). Defay ficou em 5º lugar em todas as etapas até agora, enquanto Wright começou com um 3º em Pipeline, passou para um 9º em Sunset Beach, e agora em Portugal terminou em 5º. Wright e Robinson são as únicas australianas dentro do cut, e talvez o facto de estarem a competir em casa nas próximas duas etapas lhes sirva de vantagem. Logo abaixo do cut está outra australiana, Isabella Nichols.

Igualmente fora do cut estão as também australianas Stephanie Gilmore e Sally Fitzgibbons. A sua ausência chama a atenção pelo facto de, em 2021, terem terminado no top 5 e chegado à finalíssima em Trestles. Gilmore, que está em 14º lugar no ranking, não pôde competir em Pipeline por estar infectada com covid-19, o que prejudicou a sua posição. Ficou em 9º lugar em Sunset Beach e em 3º em Peniche. Se esta tendência se mantiver na Austrália, as coisas podem mudar para a atleta. Já Fitzgibbons ficou em 9º lugar nas três etapas, e está em 17º lugar no ranking.

Entre os homens, uma das grandes alterações foi Griffin Colapinto, que após a vitória em Peniche subiu 20 posições no ranking, estando agora em 7º lugar, atrás de Caio Ibelli, em 6º, e John John Florence, em 8º. Jordy Smith está em 9º, e os brasileiros Italo Ferreira e Miguel Pupo estão em 10º e 11º, respectivamente. Abaixo, empatados, estão os americanos Jake Marshall E Kolohe Andino, em 12º lugar, e Ethan Ewing está em 14º. O 15º lugar é partilhado por Connor O’Leary, Callum Robson e Nat Young, e em 18º lugar estão Conner Coffin, Jack Robinson, Ezekiel Lau, Samuel Pupo e Lucca Mesinas, a ocupar os últimos lugares dentro do cut.

Logo abaixo do cut está Frederico Morais, empatado em 23º lugar com Leonardo Fioravanti, João Chianca, Jackson Baker e Deivid Silva. Com duas etapas ainda pela frente, nada está perdido para o atleta português. Kikas não começou a temporada como queria, tendo ficado em 17º lugar em Pipeline e em Sunset Beach, mas conseguiu uma melhor prestação em Peniche, e terminou em 9º lugar, o que fez com que subisse quatro posições no ranking. Restam-lhe duas oportunidades, e terá que lutar para isso, mas a sua presença na segunda metade da temporada não é nem impossível nem improvável.

 Podes consultar o ranking completo aqui.

 

Frederico Morais. Foto: WSL / Thiago Diz

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