Como irá ser a competição de surf nos Jogos Olímpicos de Tóquio quarta-feira, 03 março 2021 11:13

Como irá ser a competição de surf nos Jogos Olímpicos de Tóquio

Este verão...

O ano de 2020 prometia ser um ano memorável na história do surf mundial, mas será 2021 que ficará para sempre lembrado como o ano da estreia olímpica do surf.

Os tão esperados Jogos Olímpicos de Tóquio terão lugar no Japão entre 23 de julho e 8 de agosto deste ano, após terem sido adiados devido à covid-19.

O surf irá fazer a sua estreia olímpica com 20 atletas masculinos, entre eles o português Frederico Morais, e 20 atletas femininas a competir na praia de Tsurigasaki, localizada na cidade de Chiba.

A Associação Internacional de Surf (ISA) já divulgou o formato para a competição da modalidade nas Olimpíadas, que podes ver na imagem abaixo.

 

 

 

As primeiras 10 vagas masculinas são preenchidas pelos atletas do Championship Tour (CT), Italo Ferreira (Brasil), Gabriel Medina, (Brasil), Jordy Smith (África do Sul), Kolohe Andino (EUA), Kanoa Igarashi (Japão), John John Florence (EUA), Owen Wright (Austrália), Jeremy Flores (França), Julian Wilson (Austrália) e Michel Bourez (França).

 

As 5 vagas seguintes serão definidas nos World Surfing Games de 2021, que acontecerão em Surf City, El Salvador, de 29 de maio a 6 de junho, enquanto as restantes 4 vagas já foram conquistadas durante os ISA World Surfing Games de 2019 pelos atletas Frederico Morais (Portugal), Ramzi Boukhiam (Marrocos), Shun Murakami (Japão) e Billy Stairmand (Nova Zelândia), e por Lucca Mesinas (Peru) durante os Jogos Pan-americanos de 2019.

 

No lado feminino as primeiras 8 vagas são preenchidas pelas atletas do CT, Carissa Moore (EUA), Caroline Marks (EUA), Stephanie Gilmore (Austrália), Sally Fitzgibbons (Austrália), Tatiana Weston-Webb (Brasil), Johanne Defay (França), Brisa Hennessy (Costa Rica) e Silvana Lima (Brasil).

As 7 vagas seguintes permanecem ainda em aberto, sendo determinadas durantes os World Surfing Games de 2021, enquanto as restantes vagas foram conquistadas durante os World Surfing Games de 2019 pelas atletas Bianca Buitendag (África do Sul), Shino Matsuda (Japão), Anat Lelior (Israel) e Ella Williams (Nova Zelândia), e durante os Jogos Pan-americanos de 2019 pela atleta Daniella Rosas (Perú).

 

A primeira ronda verá dois atletas do CT competir em cada heat e, segundo a ISA, o ranking dos atletas do CT definirá quem será o cabeça de série de cada heat, pelo que, assim sendo, na competição masculina, Italo Ferreira irá competir com Michel Bourez no 1º heat, Kolohe Andino irá competir com Owen Wright no 2º heat, Jordy Smith irá competir com Jeremy Flores no 3º heat, Kanoa Igarashi irá competir com John John Florence no 4º heat e Gabriel Medina irá competir com Julian Wilson no 5º heat. Ainda a ser esclarecido são os dois atletas que se juntarão aos competidores do CT em cada heat da ronda 1.

Esta ronda não será eliminatória, como esclareceu Evan Quarnstrom, da ISA.

“Se o atleta ficar em terceiro ou quarto lugar no heat da primeira ronda, vai para a segunda ronda. Se ficar em primeiro ou segundo lugar, vai direto para a terceira ronda. A segunda ronda é de dois heat de cinco surfistas, onde os dois últimos de cada heat são eliminados. Isso reduz o número um tanto estranho de 20 surfistas no total para uns bons 16, onde a típica eliminação única continua até as finais para determinar o vencedor - disse Evan Quarnstrom.

 

Cada heat terá a duração de 30 minutos e os atletas verão as suas ondas pontuadas por um painel de 5 juízes numa classificação de 0 a 10.

 

O sistema de pontuação é baseado em cinco critérios que refletem os elementos centrais do desporto:

 

  1. Compromisso e grau de dificuldade

Trata-se dos tipos de manobras que um atleta realiza e a dificuldade de execução das mesmas. Os atletas são recompensados por manobras de maior risco. Os juízes também observam o quão comprometido um surfista está em maximizar o potencial das ondas.

 

  1. Manobras inovadoras e progressivas

Os juízes procuram ver se um atleta faz manobras inovadoras, como aéreos e tail slides.

 

  1. Variedade de manobras

Os juízes querem ver se um atleta executa todos os tipos diferentes de manobras ou uma manobra semelhante repetidamente.

 

  1. Combinação de manobras principais

Trata-se de como um surfista conecta grandes manobras de alta pontuação na mesma onda.

 

  1. Velocidade, potência e fluxo

Trata-se da velocidade com que um surfista surfa a onda, mas também sobre a rapidez com que se adapta às ondas. Os juízes querem ver se os atletas estão a surfar com a velocidade adequada para realizar manobras críticas.

O fluxo é a maneira pela qual um surfista conecta perfeitamente os seus movimentos. O último elemento é a força. Aqui os juízes observam quanta força um atleta está a colocar nas suas manobras.

 

 

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