OS EXEMPLOS DE QUE O SURF FEMININO ESTÁ CADA VEZ MAIS FORTE
E o seu poder unificador...
Nos últimos anos a igualdade de géneros no surf tem vindo a ser promovida e as mulheres têm mostrado a sua força nas mais variadas vertentes da modalidade.
A final do Maui Pro foi o momento mais recente onde pudemos assistir surfistas femininas provarem o seu valor no mesmo palco que os homens – Pipeline.
Embora a final da primeira etapa feminina do Championship Tour (CT) de 2021 não tivesse sido planeada para decorrer numa das mais desafiantes ondas do planeta, Tyler Wright, Carissa Moore, Tatiana Weston-Webb, Sally Fitzgibbons e Sage Erickson aproveitaram o momento para mostrarem o poder do surf feminino e que merecem ser verdadeiramente reconhecidas como iguais aos seus colegas masculinos no circuito mundial.
Tyler Wright Foto:WSL/keoki
A participação de atletas femininas em competições de ondas grandes tem vindo a crescer o que se tem traduzido em novos eventos onde pudemos celebrar a magnitude das big riders femininas.
Surfistas como a brasileira Maya Gabeira têm deixado o seu nome na história e batido recordes mundiais em ondas gigantes como a Nazaré.
Maya Gabeira
A big rider portuguesa Joana Andrade tem sido uma das mulheresque tem mostrado o poder das surfistas femininas e as suas jornadas de superação.
Mas a força do surf feminino não se limita à competição e muitas têm sido as mulheres que o têm demonstrado desafiando-se e desafiando as suas comunidades.
Um pouco por todo o mundo mulheres têm vindo a encontrar no surf uma forma de se expressarem e mostrarem o seu poder.
A irlandesa Easkey Britton foi a primeira mulher a surfar no Baluchistão, uma região remota no sul do Irão.
Totalmente coberta com um fato de surf, calções de banho, colete e hijab para garantir que a sua cabeça estava coberta, a surfista chocou os habitantes locais, que nunca tinham visto ninguém surfar no local.
Em 2012, ao lado de da realizadora Marion Poizeau, e com a ajuda da snowboarder iraniana Mona Seraji e da mergulhadora iraniana Shalha Yasini, a surfiSta começou a persuadir outras mulheres e meninas locais a entrar nas ondas. Hoje o Irão tem uma comunidade de jovens surfistas que ao deslizarem nas ondas desafiam a desigualdade de género, classe, etnia e religião dentro do país.
Cada uma destas surfistas mostra-nos que o surf femino está cada vez mais forte e que o surf tem um poder unificador e é um veículo que permite mudar a forma como o mundo vê as mulheres.