Tyler Wright   Foto: Nigel Hallett Tyler Wright Foto: Nigel Hallett sexta-feira, 09 outubro 2020 11:07

SURFISTAS LGTB COMO TYLER WRIGHT ABREM ESPAÇO PARA UMA CULTURA DE SURF MAIS INCLUSIVA

E sem preconceitos...

 

Desde as suas origens que o surf esteve ligado à masculinidade e embora seja uma modalidade nada conservadora e ligada a um estilo de vida livre, a realidade é diferente quando se fala em surfistas LGBT.

Por muito que queiramos fechar os olhos, a realidade é que muitos surfistas são julgados e inclusive não aceites com base na sua sexualidade ou identidade de género.

Vários foram os surfistas profissionais que tiveram de esconder as suas verdadeiras identidades sexuais e esperar anos após o fim das suas carreiras competitivas para se assumirem como membros da comunidade LGTB.

Peter Drouyn foi um dos melhores surfistas da Austrália, se não do mundo, no final dos anos 1960 e início dos anos 1970, e o criador do formato competitivo man on man. Em 2013 chocou o mundo do surf ao tornar-se Westerly Windina, embora em 2017 tenha mudado novamente para Drouyn. Mas Drouyn não foi o único a esconder a sua sexualidade durante o seu auge competitivo.

 

 

Em 2013 Peter Drouyn tornou-se Westerly Windina e chocou o mundo do surf Foto: huckmag

 

 

Matt Branson assumiu-se como homossexual em 2017, 15 anos após sair do tour, e a australiana Jodie Cooper assumiu-se em 1997, 4 anos após o fim da sua carreira competitiva.

O mundo está a mudar e embora poucos passos tenham sido dados para uma verdadeira inclusão de géneros no surf, free surfers como Johnny Cappetta, co-fundador de um clube de surf queer, e surfistas profissionais como Tyler Wright têm contribuído para uma cultura de surf mais inclusiva e sem preconceitos.

A 2x campeã mundial de surf Tyler Wright tem usado as suas redes sociais para mudar mentalidades mostrando fotos com a sua ex-namorada afirmando-se como uma mulher confiante de si mesma e um orgulhoso membro da comunidade LGTB.

 

Tyler Wright e a sua ex-namorada Alex Foto: instagram

 

 

Ainda há um longo caminho a percorrer para vermos os lineups em todo o mundo como um local onde todos possam ter o seu espaço, sem medo de represálias ou olhares de lado, mas a pouco e pouco as mentalidades estão a mudar e o surf parece estar a começar a escrever uma nova história.

 

 

 

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