Foto: Getty Images Foto: Getty Images quinta-feira, 16 abril 2020 09:05

PROIBIÇÃO DO SURF EM ALGUMAS PRAIAS AUSTRALIANAS CAUSA POLÉMICA

E leva surfistas a contornar as leis...

 

 

Irá a cura ser pior do que a doença?

Foi com esta pergunta que Alan Jones, famoso apresentador e orador motivacional australiano, começou o seu programa, The Alan Jones Breakfast Show, no passado dia 14 de Abril.

O podcast contou com a participação do surfista de Bondi, Bill Morries com quem discutiu a questão dos surfistas estarem a ser impedidos de surfar em várias praias do país.

Tal como vários governos em todo o mundo, o governo australiano defende que os seus cidadãos devem manter-se ativos, podendo sair de casa para praticar desporto, mas ao que parece a prática de surf não é permitida em todas as praias, o que torna a decisão contraditória e difícil de compreender e aceitar.

Alguns surfistas têm sido abordados pela policia durante as suas sessões e avisados, através de um megafone, para saírem de dentro de água.

Bill Morries, agora com 60 anos de idade, sofre de artrite, e tal como muitos surfistas da sua idade o único desporto que consegue praticar é o surf. Bill defende que o surf tem uma componente terapêutica, física e mentalmente, pelo que o governo australiano deveria deixar as pessoas irem surfar pois, para surfistas com a mesma condição que ele, este é o único desporto que conseguem fazer e que lhes permite ter uma melhor qualidade de vida.

 

 Bondi Beach é uma das praias onde a prática do surf foi impedida após um grande número de pessoas se terem deslocado ao local para aproveitar os dias de calor.  Foto:Reuters 

 

 

Em resposta a esta questão, Alan Jones abordou ainda a importância que se tem dado a fortalecer o sistema imunitário salientando que este não pode ser fortalecido se as pessoas ficarem em casa, sem fazerem exercício físico – um cenário tornado real para surfistas como Bill Morries.

Sobre a importância de praticar o distanciamento social, Bill afirma que os surfistas já o fazem por natureza, pois, por norma, mantêm uma distância entre eles quando estão no line up e não se reúnem na areia após uma surfada.

De certo nenhum surfista quer pôr ninguém em perigo ou desrespeitar as leis impostas para promover a segurança neste período crítico, mas num país com uma cultura de surf tão grande como a Austrália, estas medidas, que não são iguais em todo o território australiano, chegam a ser descritas como draconianas.

 

Podes ouvir o podcast na íntegra aqui.

 

 

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