AS DIFERENTES OPINIÕES DE TATIANA WESTON-WEBB E STEPHANIE GILMORE SOBRE A REALIZAÇÃO DE PROVAS FEMININAS EM TEAHUPO’O Foto: WSL/Cestari quarta-feira, 04 março 2020 16:35

AS DIFERENTES OPINIÕES DE TATIANA WESTON-WEBB E STEPHANIE GILMORE SOBRE A REALIZAÇÃO DE PROVAS FEMININAS EM TEAHUPO’O

Entre elas as olimpíadas de Paris em 2024...



A organização dos Jogos Olímpicos de Paris escolheu a ilha da Polinésia Francesa para hospedar o surf devido à consistência de ondas no Tahiti durante os meses de verão em oposição às praias da costa francesa que também tinham submetido as suas propostas para receber a elite mundial de surf em 2024.

Entre as propostas apresentadas estavam Biarritz, a comunidade dos municípios de Le Pays Bigouden Sud (La Torche), o departamento de Les Landes (Hossegor, Capbreton e Seignosse) e Lacanau.

No inicio de 2019, Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), minimizou a possibilidade da Polinésia Francesa ter sucesso com sua oferta devido à distância a que se encontra de Paris (15,700 quilómetros), admitindo que o COI preferia um local mais próximo do centro dos Jogos. Mas as excelentes condições pelas quais o Tahiti é conhecido tornam o local num dos mais apelativos, acabando por ser aprovado.

 

Foto: Peter Jolis

 

A decisão por certo agradará aos espectadores e fãs, pois torna o evento mais dramático e emocionante de assistir, mas é também uma escolha controversa, como nos mostra as diferentes opiniões da sete vezes campeã mundial Stephanie Gilmore e a surfista brasileira do Championship Tour (CT) Tatiana Weston Webb, sobre a onda de Teahupo’o.

No último episódio da série “The Pick-Up”, a australiana Stephanie Gilmore mostrou-se preocupada com a realização da competição em Teahupo’o, "uma das ondas mais bonitas do mundo", segundo  o comité de Paris, e que tem sido palco de uma das mais entusiasmantes etapas do circuito mundial de surf masculino , o Tahiti Pro Teahupo'o.

“Estou um pouco assustada com os países onde o surf não é o ponto mais forte. Se alguém se qualificar e entrar em Teahupo'o sólido, será assustador. Mas acho que é porque, no fundo, estou realmente assustada por mim” - disse Stephanie Gilmore.

 

Stephanie Gilmore Foto: Roxy

 

Já Tatiana Weston Webb mostrou ter outra opinião quando questionada sobre se as mulheres deveriam ter uma prova do tour em Teahupo’o.

“Honestamente, sim, acho que deveriam considerar" - disse Tatiana. "Acho que as mulheres no Tour hoje em dia são realmente capazes de surfar ondas como esta, talvez não num dia muito grande, mas nos dias mais acessíveis acho que se iriam divertir bastante".

 

Tatiana Weston Webb

 

Stephanie Gilmore não será a única surfista com receio da poderosa onda, mas a organização afirmou que contornaria a situação com uma programação cuidadosa.

"Podemos colocar as mulheres a competir numa hora do dia em que as ondas são menos poderosas", disse Lionel Teihotu, presidente da federação de surf do Tahiti.  "Temos formas de planear isso agora e permitirá que as mulheres também surfem em Teahupo'o ".

A estreia olímpica do surf está prevista para este verão no Japão, mas, embora os preparativos estejam a decorrer como previsto apesar do surto de coronavírus na Ásia, não está ainda descartada a hipótese do cancelamento das Olimpíadas, o que, caso aconteça, tornará Teahupo’o no primeiro local a acolher o surf como modalidade olímpica.

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