Foto:Mike Bowers/The Guardian Foto:Mike Bowers/The Guardian quinta-feira, 23 janeiro 2020 12:01

PALESTINA PODERÁ VIR A TER O SEU PRIMEIRO SURF CLUB

Pelas mãos de dois palestinianos...

Saleh e Hasan Alhabil querem mudar a vida das novas gerações da Faixa de Gaza proporcionando-lhes hipóteses de desfrutar do mar em segurança, um dos poucos locais onde as crianças podem brincar, uma vez que a cidade de Gaza, um dos lugares mais conturbados do mundo, tem poucos locais onde os jovens se podem divertir.

Com a missão de tornar a vida das crianças palestinianas melhores, os palestinianos estão este mês de Janeiro na Austrália a treinar para serem salva-vidas qualificados em Gaza, como contou Mohamed Saleh ao The Guardian, que tem como objetivo regressar à Palestina e criar o seu primeiro clube de surf, o Gaza Beach Surf Lifesaving Club.

Os clubes de surf na Austrália salvam vidas, literalmente, estando o movimento salva vidas intimamente ligado aos mesmos, e os palestinianos querem seguir o exemplo australiano e levar o modelo para a Palestina.

"Queremos construir o nosso próprio clube salva-vidas para os habitantes de Gaza, para manter as pessoas seguras", disse Saleh. “Embora o mar seja mais calmo em Gaza do que na Austrália, infelizmente, muitas pessoas ainda se afogam porque não sabem nadar em segurança. No verão passado, em 2019, sete pessoas morreram. ”

Mas o facto de grande parte da população não saber nadar não é o único problema que enfrentam nas praias da região, uma vez que a falta de saneamento é também uma realidade.

"A praia é tudo o que temos, é o único entretenimento para o povo de Gaza", disse Hasan Alhabil. “Mas mesmo lá temos problemas. Como frequentemente não há eletricidade, o esgoto bruto é empurrado para o mar. Isso significa que há menos espaço onde é seguro para as pessoas nadarem.”

A criação de um clube na Palestina poderá vir a ser um grande passo para a população, uma vez que para além de salvar vidas, um clube pode fornecer um sentido de solidariedade e companheirismo num território onde o desemprego jovem é de 60%.

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