CRESCIMENTO DESCONTROLADO DE ALGAS PÕE EM CAUSA VIDA MARINHA terça-feira, 18 junho 2019 10:44

CRESCIMENTO DESCONTROLADO DE ALGAS PÕE EM CAUSA VIDA MARINHA

O alerta chega-nos através de um estudo publicado na Geophysical Research Letters...

em que foram analisadas imagens de satélite tiradas nas últimas duas décadas.

Nas imagens é visível a grande concentração de algas da espécie Noctiluca scintillans vermelhaconhecidas como “lágrimas azuis”uma espécie tóxica responsável pelos mares azuis cintilantes da China.

Concentrações excessivas desta espécie podem levar a um consumo de oxigéneo ao seu redor matando desta forma outras espécies.

"A Noctiluca scintillans vermelha não é tóxica (isto é, não produz toxinas). No entanto, em altas concentrações,  podem bloquear a luz solar, consumir oxigénio ou liberar amónia criando um ambiente hostil aos animais marinhos", disse o co-autor do estudo, Chuanmin. Hu.

 

Imagem de satélite do Mar da China Oriental, mostrando o aumento crescente da Noctiluca scintillans vermelha Foto: Laboratório de Oceanografia Óptica da NASA / Universidade do Sul da Flórida

O estudo é o primeiro a usar satélites da NASA para rastrear o crescimento desenfreado desta espécie tendo sido analisadas quase mil imagens do Mar da China Oriental capturadas pelos satélites Terra e Aqua da NASA e a Estação Espacial Internacional de 2000 a 2017, sugerindo que a mesma se tornou mais abundante nos últimos anos.

Uma das possíveis causas pode ser atribuída ao escoamento excessivo de nutrientes das fazendas na China, consequência do aumento do uso de fertilizantes, bem como o aumento da temperatura da água do mar e a maior disponibilidade de luz.

"Há ainda muito trabalho de acompanhamento a ser feito, um dos quais é continuar a monitorizar a Noctiluca scintillans vermelha para ver se a recente tendência crescente continuará e por quê. Por exemplo, a mudança é devida a atividades humanas ou à variabilidade climática?" adicionou Hu. "O aumento destas algas à volta das praias pode ser bom para o turismo e os turistas, mas se a concentração for muito alta, pode ser prejudicial à vida marinha – um pau de dois bicos".

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