O francês Joan Duru na Cacimba do Padre em 2012. O francês Joan Duru na Cacimba do Padre em 2012. Foto: DR terça-feira, 18 dezembro 2018 15:33

Brasil reforça presença no WQS com etapa em Fernando de Noronha

Prova será a sétima da Qualifying Series em 2019... 

 

A World Surf League (WSL) já divulgou os calendários dos circuitos mundiais de surf (WQS + WCT) para a próxima temporada. Ainda são provisórios e estão sujeitos a algumas alterações, mas, para já, o que se destaca no QS masculino é o aumento de 64 para 76 etapas (mais 12 provas). 

 

Entre portas, é de assinalar o regresso da prova açoriana, perfazendo assim um total de 4 eventos válidos em Portugal para o circuito mundial de qualificação, além, claro do WCT em Peniche, que em 2019 será masculino e feminino, dos dois Pro Junior Europeu (Junior Pro Espinho e Caparica Junior Pro) e dois Qualifying de Longboard (Longboard Pro Espinho e Caparica Longboard Pro). 

 

Internacionalmente as novidades no calendário passam por um QS1,500 no Panamá em outubro e um outro no Senegal (Dakar), em março, entre 27 e 31; bem como o regresso do QS6,000 do Sri Lanka que tem vindo a ser anunciado consecutivamente sem nunca ter lugar. Já a prova galega de Pantín (Espanha) passa a QS6,000 masculino, enquanto no feminino sobe à graduação máxima de QS10,000, tal como o US Open of Surfing na Califórnia. 

 

Muitas destas provas carecem de confirmação, mas uma que já foi confirmada pela WSL e está certa é a que terá lugar em Fernando de Noronha, Brasil. Trata-se do Hang Loose Pro Contest, um dos mais tradicionais eventos do Circuito Mundial, que está de volta ao paradisíaco arquipélago atlântico de Fernando de Noronha. 

 

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O Hang Loose Pro Contest 2019 terá status QS6,000, o que na prática significa que colocará em jogo 6 mil pontos entre os guerreiros do QS. A competição será realizada na praia da Cacimba do Padre, de 19 a 24 de fevereiro, período que a ilha recebe grandes ondulações, oferecendo alguns dos mais perfeitos tubos do Brasil. Há quem chame ao arquipélago o Havaí brasileiro... 

 

O Hang Loose Pro Contest é na verdade uma parte importante da história e do fortalecimento do surf no Brasil, pois começou a ser disputado ainda em 1986, na Praia da Joaquina, em Florianópolis (Santa Catarina). Depois passou pela Praia das Pitangueiras, em Guarujá (São Paulo), e em 96 chegou ao Nordeste do país, onde foram realizadas 17 edições, sempre em Pernambuco, sendo 13 em Noronha, quando a disputa se tornou ainda mais emblemática e desejada por todo o cenário envolvido.

 

No arquipélago, foi realizada de 2000 até 2012 ininterruptamente. Depois disso, o evento voltou em 2016 para comemorar os 30 anos, novamente em Floripa, e no ano seguinte foi a vez de Maresias, em São Sebastião (São Paulo), outro spot e que recebeu o Hang Loose Pro Contest por três vezes. Até hoje, foram 31 edições realizadas, tendo o ícone australiano Tom Carroll como bicampeão em 87 e 88.

 

O primeiro brasileiro a vencer este campeonato foi Fábio Gouveia, em 1990, já no Guarujá. Também entraram para a galeria de bicampeões do campeonato, Nicky Wood, da Austrália, com duas vitórias assinaladas em Pitangueiras, em 91 e 92, e o brasileiro Peterson Rosa, em 95, no mesmo palco e 99, em Maresias. Já em Noronha, o último a levantar o troféu foi Miguel Pupo, em 2012.

 

Além deste evento, o Brasil ainda recebe mais duas provas válidas para o WQS: 

 

- Itacare Surf Music Festival (QS1,500) Etapa 66 na Bahia, de 23 a 27 de outubro;

Red Nose Pro Maresias (QS3,000) Etapa 70 em Maresias, de 29 de outubro a 3 de novembro. 

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