O ATLÂNTICO PODE MORRER PARA DAR À LUZ UM SUPERCONTINENTE
Nova massa continental resultará da junção de todos os continentes...
Calcula-se que a Terra exista há cerca de 4,6 mil milhões de anos. Segundo os cientistas, o planeta resultou da aglomeração de detritos cósmicos provenientes da formação do sistema solar. Com o passar do tempo, arrefeceu, surgindo os primeiros mares e massas terrestres.
Agora, cientistas portugueses e australianos estudaram as dinâmicas da crosta terrestre e estimam que dentro de 300 milhões de anos nasça um novo supercontinente - Aurica. Esta nova massa continental resultará da junção de todos os continentes devido ao fecho simultâneo dos oceanos Atlântico e Pacífico.
Quando olhamos para o relógio sabemos que o tempo não pára. Mas ao olharmos para o mundo em nosso redor, podemos experimentar a ilusão de que tudo se torna mais lento. A verdade é que nada no universo é estático. E, se o nosso rosto muda com o tempo, o planeta onde vivemos também.
Ao longo da sua formação a Terra viu a sua superfície arder, solidificar, afundar-se, ressurgir, agrupar-se, afastar-se. Em suma, movimentar-se em ciclos de mudança que, aos nossos olhos, parecem não existir, mas que diariamente se fazem sentir através de sismos.
A Terra está viva e nas entranhas do planeta existe todo um sistema em permanente ebulição, originando cicatrizes à superfície que habitamos.
Há várias hipóteses formuladas para o futuro, além daquela que é defendida pelos geólogos portugueses e australianos. Estão previstos, além da Aurica, pelo menos dois novos supercontinentes para os próximos 250 milhões de anos. Mas em locais geográficos diferentes: Pangeia Última ou Neopangea (no meio do Atlântico); Amásia (no centro do Pacífico).
O novo rosto futurista da Terra é traçado com base em modelos computacionais, cálculos matemáticos e a própria história geológica do planeta. Tem as assinaturas dos geólogos João Duarte e Filipe Rosas, do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e do Instituto Dom Luiz, e do cientista Wouter Schellart, da Universidade de Monash, na Austrália.
--
Fonte: RTP // Artigo original aqui.