Na sequência do périplo pelas lojas de surf no nosso país, esta semana a paragem é em Carcavelos, na Dr. Ding. Fizemos umas perguntas a Pedro Gonçalves, o responsável, sobre a indústria e claro, sobre a Dr. Ding.


Quais as marcas que têm presentes na vossa loja? 

A marca da nossa loja é a G-star Surfboards, que são as pranchas do Graham Smith, pai do Jordy Smith, que tem em parceria comigo um projeto em Portugal. Para além desta marca temos, no que diz respeito a pranchas, a representação para a Europa da Roberts Surfboards US, JR Surfboards AU, Stacey Surfboards AU e ByB Surfboards US. Para além destas marcas trabalhamos com outras marcas internacionais como a Al Merrick, Lost, JS, DHD, HS Hayden Shapes, Rusty, Cole Surfboards. Quanto ao material técnico no que diz respeito a fatos e devido à parceria com o Jordy e atendendo ao facto da O'Neill ser o seu principal patrocinador, apostamos na gama completa da O'Neill. Outro material técnico: Creatures, Modom, em exclusividade toda a gama Channel Island, Futures, SHaper Fins, FCS e Komunity. 

Existem novas coleções de momento? Ou estão planeadas para breve? 

Como somos uma loja 100% técnica (Pranchas e fatos essencialmente), as novas coleções significa receber quase num regime mensal novidades, ou seja os novos shapes e tendências do mercado internacional (essencialmente Estados Unidos, Austrália e Africa do Sul) no que diz respeito aos fatos seguimos a tendência normal do nosso principal foco, a O'Neill, com as duas coleções anuais Verão/Primavera e Inverno. 

Em termos de material técnico, qual o vosso principal foco? 

Neste momento o nosso principal foco é a entrada na Europa de 4 novas marcas que já referimos anteriormente representadas por nós, que são a Roberts, JR, Stacey e ByB. E dar continuidade ao projeto da G-Star surfboards que tem crescido imenso a nível europeu nos últimos 5 anos. 

Como avaliam o negócio em termos gerais? Sentem-se efeitos da crise? 

A nível nacional sente-se os efeitos da crise, apesar de todos os aparentes investimentos que, pela minha experiência, servem a todos menos ao Surf. No entanto com operamos a nível europeu conseguimos superar as dificuldades, pois assim como ha países como o nosso com algumas dificuldades, temos outros em contra tendência. 

Qual a vossa perspetiva sobre o crescimento da indústria do surf em Portugal, e que impacto tem tido no negócio? 

Como já referi anteriormente existe um ecossistema que começou a despontar para o surf como um bom investimento, era bom que houvesse retorno para quem realmente trabalha com o surf, como por exemplo as fábricas, lojas e atletas nacionais. Retorno que não temos notado no nosso caso.  

Em relação aos clientes que procuram material, tem havido alterações em termos de género e idade? 

Já começa a haver uma certa cultura de gerações em que o pai traz o filho(a) para se iniciar no surf, pois ele próprio já é surfista à semelhança de países com uma cultura de surf bastante mais evoluída.  

Consideram que as pessoas estão cada vez melhor informadas em termos técnicos, na hora de adquirir materiais? 

Sim, as pessoas estão cada vez mais informadas, o nosso 2º maior crowd não é Carcavelos mas sim os surfistas do Google. Hoje em dia a informação é bastante e fácil de aceder. No entanto não vamos esquecer que informação sem experiencia não é a mesma coisa pois as marcas também são fábricas de marketing que têm de vender. Mas é para passar a nossa experiência e conselho às pessoas que estamos cá, pois as nossas vendas são personalizadas e já contamos com 20 anos de experiência na indústria do Surf. 

Quais as vossas previsões para o segundo semestre de 2014? 

Não esperamos surpresas para este segundo semestre, a não ser que sejam surpresas positivas como um maior retorno de investimento na indústria e não na publicidade.

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Dr.Ding Surfboards

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