No início desta semana, o CEO da Firewire Surfboards, Mark Price, enviou um comunicado a todos os parceiros da marca com uma informação deveras pertinente. Um informação que é importante para a indústria do surf portuguesa e que não deixa de ser também uma mudança de paradigma. 

Mark Price congratulou a Firewire por entrar no seu 13.º ano de existência e reafirmou que ainda há um longo caminho pela frente. De acordo com o CEO, a recente entrada de Kelly Slater e o lançamento da Slater Designs, ao mesmo tempo que a empresa se mantém fiel à sua essência, é um bom exemplo de medidas que podem ajudar a crescer a marca. 

No dito comunicado é também anunciada a transição da distribuição da Firewire/Slater Designs de Inglaterra para Portugal já a partir de janeiro de 2019. A empresa parceira escolhida para gerir esta transição e distribuição foi a Surfcloud, Lda. Pela primeira vez a distribuição de uma marca líder de surf mundial passa a ser feita a partir de Portugal. 

Isto significa, na prática, que a Firewire internacional decidiu acabar com a distribuição a partir de Inglaterra, dando à Surfcloud a gestão e distribuição da marca para toda a Europa. Nuno Amado, sócio-gerente da Surfcloud, Lda., passa a ser o CEO da Firewire para toda a Europa, tendo a seu cargo a gestão, distribuição e vendas da marca. 

“É com um misto de orgulho e responsabilidade que assumimos este projeto e compromisso de levar a marca para outro patamar a nível europeu”, disse Nuno Amado à Surftotal sobre o novo desafio comercial que tem pela frente. 

Atualmente, a Surfcloud tem vendedores em mais de 19 países e passa assim a enviar o material de Lisboa para toda a Europa. As razões da mudança são várias, mas, segundo é explicado, assentam principalmente no reabastecimento mais rápido e eficiente aos retalhistas, bem como num serviço menos dispendioso do ponto de vista financeiro. 

Na verdade a Surfcloud já trabalhava a Firewire desde o início (há 12 anos), mas apenas na função de agente de marca, i.e., estando responsável por fazer todas as vendas para o território nacional. Até ao momento a Surfcloud também assumia o papel de agente comercial da Olutu para Portugal, empresa que detém a distribuição europeia das pranchas de surf Lost e Channel Islands, mas perante este novo cenário tal tornou-se obviamente incompatível, uma vez que as marcas são concorrentes diretas, e no final do mês a parceria entre as duas empresas irá terminar.  

Quanto à FWE, empresa que dantes estava responsável pelas vendas da Firewire na Europa, irá manter-se no leque de agentes/distribuidores, apenas para o Reino Unido e sob a alçada da Surfcloud, Lda. 

Isto são, seguramente, boas notícias para a indústria do surf portuguesa. Parabéns à Surfcloud pelo novo desafio que tem pela frente. 

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