O PRÓXIMO EUROPEU NO CT SERÁ… ITALIANO?

A temporada da Qualifying Series apenas iniciou agora, mas já há quem anda a destacar-se...

 

Tal como vários membros da armada lusa, também o italiano Leonardo Fioravanti procura a qualificação para o World Tour da WSL, o campeonato que é considerado a primeira divisão da elite do surf. Até ao momento, são mais de quinhentos os nomes que figuram na lista da Qualifying Series de 2016 e atenção: ainda só vamos em março. Porém, só um apresenta nacionalidade italiana.

 

Fioravanti, que começou a fazer surf aos 4 anos e entrou para a equipa da Quiksilver cinco anos mais tarde, foi campeão europeu júnior em 2013 e na temporada seguinte terminou em 28º lugar no ranking do circuito mundial de qualificação, bastando-lhe apenas um bom resultado para conseguir a tão desejada qualificação ao CT.

 

Quando parecia estar no caminho certo, no início da temporada seguinte, eis que veio uma lesão feia que o afastou do surf e da competição durante vários meses. Estávamos a 31 de janeiro de 2015 quando o episódio teve lugar e o italiano disputava a terceira ronda do Volcom Pipe Pro. Ao cair, Leo embateu com força no reef de Banzai Pipeline e fraturou uma vértebra (L1).

 

 

“O North Shore é o sítio onde mostramos do que somos feitos à frente de todos. É o local onde temos que nos chegar à frente e fazer ver que podemos juntar-nos ao restante pessoal”, disse na altura, lamentando o infortúnio, mas ao mesmo tempo tendo perfeita consciência que o Havai é a arena onde todos os surfistas querem vingar.

 

Após a cirurgia, seguiu-se um longo período de recuperação onde o jovem fez questão de treinar todos os dias da semana, das 8h da manhã às 6h da tarde. Ao fim de três meses e meio de ginásio e yoga, voltou a pegar numa prancha para surfar. Em outubro do mesmo ano, já depois de ter feito uma segunda cirurgia para retirar as duas placas e quatro parafusos que lhe tinham sido colocados na primeira operação; alcançou a vitória nos Jogos Mundiais da ISA, na divisão Sub-18, que se disputaram na Califórnia.

 

Este italiano nascido em Roma, de 18 anos, chegou a pensar que poderia ter ficado paralítico e que nunca mais poderia surfar na vida. Contudo, 2016 parece ser o ano da reviravolta, o ano onde está de volta mais forte do que nunca.

 

Neste momento é terceiro classificado no ranking do QS, atrás do australiano Matt Wilkinson e do norte-americano Pat Gudauskas. Há pouco mais de uma semana conseguiu um fantástico segundo lugar em Newcastle e no QS6000 que se está a disputar em Manly Beach encontra-se às portas dos 1/4 de final. A continuar assim, muito dificilmente não alcançará o objetivo de entrar para o WCT no final da temporada, tornando-se, muito possivelmente, no primeiro italiano da história a fazê-lo e, quem sabe, o próximo europeu a consegui-lo.

 

Se assim for, nós cá estaremos para o testemunhar. Fuerza ragazzo!!!

 

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