A história de Bethany Hamilton é conhecida e a sua força de vontade e perseverança tornaram-na numa das mais populares surfistas da atualidade (vê aqui o top 5). Tudo o que se passou com ela, e a forma como reagiu e deu a volta por cima, tem vindo a inspirar milhões de pessoas e de jovens ao redor do planeta. 

Reconhecendo todo o seu mérito, a surfista havaiana recebeu um wildcard da equipa da WSL (eventualmente a melhor atribuição de sempre!) para participar no Fiji Women’s Pro, a quinta etapa da World Championship Tour. E Bethany fez muito bem em aceitar o convite, pois deu show, mostrou um surf poderoso e pelo caminho passou várias baterias, eliminando as favoritas Tyler Wright (ronda 2) e Nikki Van Dijk (1/4 de final). Só parou nas meias finais, frente à gaulesa Johanne Defay, que viria a vencer o evento de forma estrondosa. 

É impossível não nos sentirmos inspirados ao observar Bethany a surfar. Imaginem apenas por breves instantes por tudo o que ela teve que passar - e superar - para poder surfar ao nível que surfa, sem que houvesse qualquer precedente do género neste desporto. 

Kelly Slater, ele próprio, hoje mesmo fez questão de prestar a sua homenagem e admiração pela surfista havaiana. Para tal, escreveu nas redes sociais: “(…) Espero vê-la em mais eventos este ano e espero sinceramente que consiga qualificar-se à base de bons resultados graças a mais wildcards atribuídos pela organização. Todos nós deveríamos tentar surfar com um braço preso ao corpo, tentar remar e pôr-nos de pé em spots pesados como Pipe, Jaws e Cloudbreak. Eu fico assustado só de pensar nisso. Estou muito impressionado com todo o seu talento. Foi muito bom ver a Bethany surfar nestas condições.” 

Agora, aqui entre nós, como é que ela consegue? No vídeo em cima podemos ver a própria Bethany a explicar o processo. Em baixo, mais um vídeo com algumas das suas ondas em Cloudbreak para vosso/nosso deleite.