A Maryna é uma surfista ucraniana que vive em Portugal e faz parte da seleção nacional de surf da Ucrânia. Encontrámo-la em Supertubos, Peniche, após ter estado a apoiar a sua surfista favorita, Sally Fitzgibbons. Fomos saber mais sobre a sua experiência no evento.

Como está a ser assistir ao evento? Este ano, o que sentes em relação aos anos anteriores?

Adoro assistir aos campeonatos ao vivo! É uma excelente oportunidade para sairmos dos ecrãs dos telemóveis e computadores e para nos envolvermos numa atmosfera de torcida e empolgação. Mas, desde que começaram a fazer o evento em março, em vez de outubro, confesso que gosto um pouco menos: muitas vezes, as condições não são as que se esperam de Supertubos e o frio aperta. Mas, mesmo assim, estamos sempre lá para apoiar os atletas!

Este ano que passou, algo mudou na tua vida como surfista?

Para mim, surfar é sinónimo de evolução constante: descobri novos destinos e ondas, ensinei mais mulheres a surfar, competi e continuo a minha formação como juíza de surf. O julgamento torna a experiência de assistir aos campeonatos ainda mais interessante, pois passamos a ver os heats de outra forma, analisando critérios e pontuações.

Vimos que ontem estiveste a apoiar a Sally ontem. Queres falar-nos sobre isso?

Claro, podia falar disso o dia todo! Conheci a Sally Fitzgibbons pessoalmente em 2019, de forma inesperada, no meu antigo local de trabalho. Já era fã antes, mas desde então passei a ser a maior fã! Tento assistir a todas as suas baterias online e, quando posso, vou à praia para a apoiar. Só tenho duas oportunidades por ano: nos Jogos Mundiais de Surf da ISA e em Supertubos. Agora, apoiar a Sally já virou uma tradição, especialmente depois do momento emocional em El Salvador. Este evento em Portugal é uma excelente oportunidade para torcer por ela sem precisar de viajar muito longe.

O heat foi intenso, mas ela passou e no final veio ter contigo. Conta-nos tudo!

Este ano vim preparada, com uma jersey com o nome dela e muita emoção! Ver a Sally competir é sempre incrível, ela adora criar as suas próprias estratégias. Desta vez, escolheu um pico diferente das suas adversárias, o que parecia estranho no início, mas acabou por apanhar ondas com mais potencial e garantiu a liderança. Foi um momento muito feliz, principalmente depois do ano passado, quando as coisas não correram tão bem para ela.

Às vezes sinto-me um pouco como uma "stalker", à espera dela na praia (risos), mas sempre que ela me vê, o embaraço desaparece. Os atletas adoram ver os seus fãs! A Sally nunca perde uma oportunidade de reconhecer o apoio. Ela assinou a minha t-shirt e tivemos uma pequena conversa, e isso, para mim, foi mais uma experiência única que ela me proporcionou!

Algo mais a dizer?

Venham apoiar os vossos atletas na praia sempre que puderem! Seja um surfista amador ou uma estrela mundial, qualquer atleta fica feliz em sentir o apoio do público. No fundo, é isto que o surf representa: partilhar experiências incríveis!

Obrigada, Surftotal! Go, Sally!