Como os campeonatos de surf inspiram e movem comunidades a tornar o mundo melhor quinta-feira, 25 fevereiro 2021 11:49

Como os campeonatos de surf inspiram e movem comunidades a tornar o mundo melhor

apoiando causas sociais e ambientais...

Os campeonatos de surf são um veículo de união entre atletas e fãs que vêem os seus ídolos desafiarem-se em diferentes condições ao longo de várias etapas de diferentes circuitos, entre eles o circuito mundial de surf e, a nível nacional, o circuito MEO.

O Championship Tour (CT) é o mais importante circuito pois é aqui que a elite compete pelo tão ambicionado título mundial. As etapas são um excelente promotor dos locais que as acolhem e das marcas que as patrocinam, mas também são um veículo de promoção de causas sociais e ambientais.

A proteção dos oceanos é uma causa que une surfistas em todo o globo, razão pela qual tem vindo a ganhar força dentro dos circuitos de surf, tendo inclusive levado a World Surf League (WSL), entidade que rege o surf profissional a nível mundial, a criar o WSL Pure para estabelecer novos padrões de proteção do meio ambiente.

São várias as ações que visam alertar para a sustentabilidade e proteção dos oceanos que se assiste em diversas etapas do tour mundial.

 

 

Afonso Antunes, Mafalda Lopes, Frederico Morais, Conner Coffin e Brisa Hennessy surfaram no heat especial "Beat the Plastic Waste” para alertar para a proteção dos mares e dos oceanos.

 

 

Em 2019, a etapa do MEO Rip Curl Pro Portugal, em Peniche, assistiu à realização de uma “mesa-redonda”, onde foram debatidos temas como a poluição, a sustentabilidade e a proteção dos oceanos. A mesma etapa teve ainda em exposição várias pranchas de surf construídas pelo shaper Luis Carvalho (Lacrau), a partir de plástico reciclado de forma a alertar consciências para o impacto da poluição plástica no oceano que nos acolhe a cada surfada, e ainda um heat especial, o Beat the Plastic, onde os surfistas, em vez de rivalizarem, surfaram pela mesma causa, derrotar o plástico em cima de pranchas feitas a partir de lixo plástico.

 

Mas as etapas competitivas não se limitam apenas a alertar consciências para questões ambientais, mas também para questões sociais.

Em 2020 a WSL criou o WSL Countdown, uma série global de eventos de beneficência de pré-temporada que deu a oportunidade aos vencedores de doarem o valor total dos seus prémios a instituições de caridade à sua escolha, como foi o caso da organização Canteen, que apoia jovens que foram afetados pelo cancro, que recebeu 20.00 dólares após Isabella Nichols ter escolhido a instituição para receber o seu prémio.

 

 

 

Isabella Nichols, vencedora da divisão feminina do Grand Slam australiano em 2020, doou o seu prémio de 20.000 dólares para a causa social Canteen Austrália. Foto: WSL / Cestari

 

 

No mesmo ano a Liga MEO Surf, a principal competição de Surf em Portugal que define os títulos máximos de campeões nacionais, também mostrou a sua preocupação com a sustentabilidade e responsabilidade social. Os alunos do projecto Wave by Wave (terapia para crianças e jovens em risco através do Surf) integraram o staff técnico de todas as etapas da Liga MEO Surf enquanto foram também realizadas as tradicionais limpezas de praia da Fundação Altice.

Estas ações mostram como o surf é um importante impulsionador de justiça social e proteção ambiental e a capacidade que tem em inspirar e mover as comunidades a tornar o mundo melhor.

 

 

 

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