Margaret River Pro cancelado em 2018 - Será que pode voltar a acontecer? terça-feira, 28 maio 2019 05:48

Margaret River Pro cancelado em 2018 - Será que pode voltar a acontecer?

"A WSL cedeu à vontade dos atletas e cancelou em 2018 a 3ª etapa do Championship Tour devido a ataques de tubarões e diversos outros avistamentos na área em que decorria a prova..."

Todos sabemos quanto é rica e preservada a fauna marinha Australiana. Na zona do Oeste Australiano, mais precisamente na área de Perth(próximo de Margaret River) onde têm vindo a decorrer as etapas do Championship da World Surf League, há uma grande atividade de tubarões branco que escolhem aquela zona para ficar ou de passagem nas suas rotas migratórias. É por esse motivo que a World Surf League em conjunto com o governo local tem vindo a montar um grande dispositivo de segurança por forma a prever possíveis ataques destes nativos do Oceano.

Ao que a Surftotal apurou o ultimo avistamento foi durante o passado dia 19 de Maio - Um tubarão branco de cerca de seis metros de comprimento numa Baía daquela zona de nome Busselton. Foi Grayden Sharpe e o seu parceiro de pesca quando estavam a cerca 30 km de Busselton um grande tubarão branco, maior do que o barco, emergiu a poucos metros de distância. Este estimou que o tubarão tivesse pelo menos seis metros de comprimento porque parecia um pouco maior que seu barco de 5,8m. Sharpe disse em anos de freqüente pescaria e expedições de mergulho, nunca ter encontrado um tubarão com tão grande tamanho.



"Estávamos um pouco assustados por causa de quão longe estávamos da costa e por causa de quão grande era", afirmou aos media locais.

UM DRONE QUE VAI DETETAR A PRESENÇA DE TUBARÕES NO MARGARET RIVER PRO 2019:

Um drone para detetar tubarões será usado pela primeira vez para manter os surfistas seguros durante o Margaret River Pro que inicia hoje(hora Portuguesa), e acabou por ser cancelado no ano passado depois de dois ataques de tubarão próximos no mesmo dia.

O Departamento de Pesca daquela área deixará um receptor acústico na água durante a competição de cada dia para detectar quaisquer tubarões(que estejam identificados e marcados) a nadar nas proximidades, bem como fornecerá um barco rápido com tripulação de 24metros de comprimento para "patrulhar as águas".

Os organizadores esperam que estas medidas extra resultem, para além de terem alterado a data do evento para final de maio para evitar a migração anual de salmão e consequente maior presença de tubarões em busca de alimento.

Isto significa que, se as ondas forem adequadas e o Margaret River Pro se tiver de deslocar para North Point, os surfistas para além das medidas referidas acima, estarão na água protegidos a uma distância de poucas centenas de metros de linhas  de pesca próprias para capturar grandes tubarões.


O diretor executivo da Surf Western Australia, Mark Lane, disse que o drone e o receptor acústico foram medidas novas este ano para "garantir que os surfistas tenham confiança de que sua segurança está em primeiro lugar ".

 

Como se pode ver no vídeo abaixo a atividade de "Carcharodon carcharias" é grande naquela zona. Neste vídeo podemos ver um grupo de tubarões a perseguir a alimentar-se de um cardume de atuns.

 

Lê mais sobre esta etapa aqui - FREDERICO MORAIS ENTRA NA QUARTA ETAPA DO CT 2019 NA AUSTRÁLIA

 

 

A Surftotal lançou a noticia abaixo aquando da decisão do cancelamento da prova do Championship Tour Australiana o ano passado. Vamos recordar os factos:

 

NOTICIA CANCELAMENTO DO MARGARET RIVER PRO 2018:

 

"Mal a terceira etapa do World Championship Tour iniciou houve um momento que nos intrigou, durante a Ronda 1 quando a prova decorria em North Point no Heat 4 onde se defrontavam John John Florence, Mikey Wright e o rookie Wade Carmichael - que o havaiano acabou por vencer, podemos ver no vídeo abaixo, avançando por favor até ao minuto 9:35, observamos a olho nu uma silhueta que parece querer acompanhar o bicampeão mundial. A questão colocou-se logo na altura. Seria um golfinho ou tubarão?

 

 

Após este episódio que passou algo despercebido, registaram-se de repente dois ataques de tubarão durante o dia de 2ª feira 16 de abril - em Cobblestones e Lefthanders. Nenhuma das vítimas morreu, mas o caso fez recordar mazelas antigas e levantou o pânico por parte de alguns surfistas que competem no World Tour. Aparentemente, a recente atividade de tubarões no oeste australiano estava relacionada com as carcaças de baleias que deram à costa durante os últimos dias, atraindo a si super predadores ferozes como os tubarões. 

 

 

Algumas praias foram fechadas... o que levou a alguma apreensão por parte dos surfistas que se encontravam a competir em Margaret River. A WSL aconselhou mesmo, neste últimos dias, que os surfistas não surfassem nas praias da região. Ou seja, a atividade da população de tubarões devia estar mesmo ao rubro. 

 

Dois atletas da elite, Gabriel Medina, campeão mundial em 2014, e Italo Ferreira, vencedor do Rip Curl Pro Bells Beach e líder do ranking (ex aequo com Julian Wilson), usaram as redes sociais para desabafar, mencionando mesmo que não se sentiam seguros nem tranquilos a competir num ambiente de insegurança onde se pode sofrer um ataque de tubarão a qualquer momento. Não é difícil perceber a sua posição, pois a verdade é que ninguém quer morrer ou sofrer um ataque de um predador deste calibre.

 

Após todos estes acontecimentos, a WSL avaliou a situação atual no Margaret River Pro e, privilegiando a segurança de todos os envolvidos nesta competição, decidiu na manhã de hoje cancelar a edição 2018 do Margaret River Pro. Tendo em conta tudo o que se tem passado, parece-nos a decisão mais coerente e resta-nos aplaudir esta tomada de decisão da CEO Sophie Goldschmidt que, acima de tudo, zelou pelos interesses humanos e dos seus atletas - os surfistas que compõem o Championship Tour."

 

 

 

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