WCT MARGARET RIVER PRO 2018 FOI CANCELADO
A World Surf League cedeu à vontade dos atletas e cancelou a terceira etapa do World Championship Tour devido aos recentes ataques de tubarões e diversos outros avistamentos na área em que decorria a prova...
Mal a terceira etapa do World Championship Tour iniciou houve um momento que nos intrigou, durante a Ronda 1 quando a prova decorria em North Point no Heat 4 onde se defrontavam John John Florence, Mikey Wright e o rookie Wade Carmichael - que o havaiano acabou por vencer, podemos ver no vídeo abaixo, avançando por favor até ao minuto 9:35, observamos a olho nu uma silhueta que parece querer acompanhar o bicampeão mundial. A questão colocou-se logo na altura. Seria um golfinho ou tubarão?
Após este episódio que passou algo despercebido, registaram-se de repente dois ataques de tubarão durante o dia de 2ª feira 16 de abril - em Cobblestones e Lefthanders. Nenhuma das vítimas morreu, mas o caso fez recordar mazelas antigas e levantou o pânico por parte de alguns surfistas que competem no World Tour. Aparentemente, a recente atividade de tubarões no oeste australiano estava relacionada com as carcaças de baleias que deram à costa durante os últimos dias, atraindo a si super predadores ferozes como os tubarões.
Algumas praias foram fechadas... o que levou a alguma apreensão por parte dos surfistas que se encontravam a competir em Margaret River. A WSL aconselhou mesmo, neste últimos dias, que os surfistas não surfassem nas praias da região. Ou seja, a atividade da população de tubarões devia estar mesmo ao rubro.
Dois atletas da elite, Gabriel Medina, campeão mundial em 2014, e Italo Ferreira, vencedor do Rip Curl Pro Bells Beach e líder do ranking (ex aequo com Julian Wilson), usaram as redes sociais para desabafar, mencionando mesmo que não se sentiam seguros nem tranquilos a competir num ambiente de insegurança onde se pode sofrer um ataque de tubarão a qualquer momento. Não é difícil perceber a sua posição, pois a verdade é que ninguém quer morrer ou sofrer um ataque de um predador deste calibre.
Após todos estes acontecimentos, a WSL avaliou a situação atual no Margaret River Pro e, privilegiando a segurança de todos os envolvidos nesta competição, decidiu na manhã de hoje cancelar a edição 2018 do Margaret River Pro. Tendo em conta tudo o que se tem passado, parece-nos a decisão mais coerente e resta-nos aplaudir esta tomada de decisão da CEO Sophie Goldschmidt que, acima de tudo, zelou pelos interesses humanos e dos seus atletas - os surfistas que compõem o Championship Tour.
A próxima etapa é o Oi Rio Pro, entre 11 e 20 de maio, em Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil.
VÊ AQUI COMO FICOU A DIVISÃO DE PONTOS E O RANKING