Numa entrevista recente à Sports Illustrated, Kelly Slater falou de temas vários, incluindo a lesão sofrida e a inserção do Surfing nos Jogos Olímpicos. O 11x campeão mundial de surf não está a 100%, ainda sente dores no pé, mas não vai falhar a competição em Pipeline. 

“Fraturei o pé o ano passado, mas depois magoei-me novamente no final de junho deste ano. Uns dias depois tive a competição [Open J-Bay], tentei surfar, mas, provavelmente, não o deveria ter feito. Eu mal conseguia andar na hora. Agora, posso surfar todos os dias, mas se me sentar aqui e mexer o pé, ainda dói muito. Tenho feito alguma reabilitação, um pouco de alguma coisa todos os dias para melhorar.”

Uma das declarações do norte-americano que suscitou mais curiosidade e interesse prendeu-se com a realização dos Jogos Olímpicos em Tóquio e a presença do Surf, que poderá ditar a sua reforma. 

“Eu não fiz uma declaração oficial, mas disse que se me classificasse para a equipa olímpica em 2020, eu não deixaria de representar os EUA. Provavelmente, faria a minha saída oficial depois disso.”

Sobre a presença do Surfing nos Jogos Olímpicos, pela primeira vez, referiu ser benéfico e que vem mostrar a modalidade para “uma população mais ampla de pessoas”. 

"Eu acredito que o melhor surfista do mundo vence competitivamente o título da World Surf League todos os anos. Nós surfamos vários tipos de ondas e condições. Quando estamos a lutar por uma medalha olímpica, naquele dia, temos que nos sentir bem, a nossa mente tem que estar no lugar certo. Seja o que for que vamos surfar, esse tipo de onda tem de se adequar ao nosso estilo e ao que somos bons, seja em frontside ou backside. Há uma série de coisas a ter em conta ao mesmo tempo. Mas será mais raro do que um título do campeonato mundial. Estar nas Olimpíadas é uma grande honra para qualquer desporto, especialmente para um desporto emergente que está em crescimento e está à procura de aceitação fora do seu core.”

Uma última questão falou da motivação e de como a encontra?

“Eu sou apaixonado por muitas coisas e é isso me sustenta todos os dias. De vez em quando eu faço o meu melhor para ficar afastado de tudo, seja um par de dias ou algumas semanas, e apenas ficar focado em surfar.”

Neste momento Kelly Slater encontra-se em 35.º lugar do ranking e participou apenas em duas etapas este ano (Open J-Bay e Surf Ranch Pro). Está fora da bolha de qualificação, mas luta com Caio Ibelli e John John Florence, outros lesionados esta temporada, por um wildcard para 2019. 

Vê aqui a entrevista na íntegra.