Na era em que vivemos parecem existir estudos para tudo, de todas as formas e feitios, que nos são revelados a um ritmo estonteante. Uns fazem mais sentido que outros, claro. 

Recentemente, a Surftotal teve conhecimento de um novo estudo entre a comunidade mundial surfista que nos diz que a maior parte dos praticantes prefere surfar de “frontside”, ou seja, com o tronco de frente para a onda. 

O estudo, intitulado de "Lateralidade: Assimetrias do Corpo, Cérebro e Cognição”, foi levado a cabo pelos investigadores Jannik Dörr e Philip Furley da Universidade Alemã de Desporto, e por Florian Loffing da Universidade de Oldenburg. 

O mesmo foi composto de duas fases distintas. A primeira, com base num questionário geral, visou uma sondagem entre surfistas espalhados pelos quatro cantos do globo, quer amadores como profissionais, onde se perguntava, de forma muito clara, qual a sua preferência no surf - backside ou frontside?

Os resultados revelaram-se interessantes e, de acordo com os autores do estudo, a preferência pela posição “frontside” é fácil de explicar: “Os surfistas preferem surfar de frontside porque esta posição confere-lhes mais habilidade, ao mesmo tempo a recolha de informação visual é também mais fácil”. 

A sondagem revelou ainda que as maiores barreiras dos surfistas, quando a surfar no “backhand”, se prendem com a velocidade, logo seguida da dificuldade em andar nos tubos e por último as manobras de nível avançado - tudo isto com o fator "menos controlo" associado. 

A segunda fase do estudo foi mais complexa e envolveu a análise de 4 mil ondas surfadas ao longo da temporada 2014 do WCT da World Surf League. A equipa de investigadores chegou à conclusão que, tanto os profissionais goofies como regulares, preferem a posição frontal. 

A determinada altura pode ler-se: Mesmo com ondas a partir para ambos os lados, num campeonato, os goofy footers, por exemplo, optam por seguir para a esquerda 1.71 vezes quando comparados com os surfistas de posição regular. 

Um estudo que se agradece, mas que, parece-nos, apenas vem confirmar o que já se sabia. Ou nem por isso? 

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