Frederico Morais a lidar com os "closeouts" de Hossegor. Frederico Morais a lidar com os "closeouts" de Hossegor. Foto: Masurel/WSL sexta-feira, 13 outubro 2017 11:06

Quik Pro France: Afastamento inglório de Frederico Morais no Round 3

Brasileiro Caio Ibelli foi o carrasco de serviço… 

 

Praia cheia de público, como que a antever a ação do fim de semana, ondas de dois metros com pouco vento, mas muitos closeouts, demasiados até. É este o cenário do Quik Pro France, a 9.ª etapa da Championship Tour da WSL que está a ter lugar em Hossegor. 

 

O adversário de Frederico Morais no Heat 4 do Round 3, Caio Ibelli, 22.º classificado no ranking mundial, teve uma primeira ronda fantástica, com um score de 15.33 pontos, mas acabou por ficar em segundo lugar no heat. No Round 2, frente a Conner Coffin, passou à justa pelo norte-americano, mas foi o suficiente para garantir presença na terceira fase do evento.

 

Este não foi um Heat espetacular, esteve muito longe disso, mas a culpa é principalmente das ondas que ofereceram poucas oportunidades aos dois atletas que, recorde-se, registaram este ano, esta temporada, as primeiras finais em provas do CT - Caio em Bells Beach e Frederico em Jeffreys Bay. 

 

Relativamente à ação, Caio Ibelli começou por fazer um tubo, difícil de sair, mas o brasileiro saiu mesmo e recebeu um prémio: 7.83 pontos. De seguida, Ibelli tenta um novo tubo, mas é esmagado à saida. 

 

A primeira onda de Frederico, de frontside, com alguns “carves" e uma finalização pouco convincente, valeu 4.50 pontos. Supostamente, segundo Peter Mel e Joel Turpel, os comentadores de serviço, depois do Heat de ontem o português conversou com o seu treinador e passou a fazer uns ajustes relativamente à escolha da prancha a usar. Kikas optou por usar hoje uma prancha maior. 

 

Logo após a onda inaugural, Kikas regista 5.10 pontos na sua segunda onda. 

 

Numa bateria de pouca ação foi Ibelli quem se manteve mais ativo (fez 11 ondas no total), continuou a apostar nos tubos, cuja saída pareceu sempre impossível, mas foi na sua quarta onda, para a esquerda, usando o seu “backhand”, quando gerou velocidade e voou num reverse air na última secção, que acabou por conseguiu a sua segunda melhor nota - 6.50 pontos. 

 

O português ficou à procura de um requisito de 9.23 pontos, mas faltavam ainda 15 minutos. Isso deveria ter sido suficiente para encontrar umas ondas e reduzir a diferença, mas não foi. Onda após onda, quer Frederico como Caio não encontraram ondas que dessem para entrar no conjunto das duas melhores. 

 

A 8 minutos do fim, Frederico Morais entra para um buracão de La Graviére, mas, uma vez mais, a secção à sua frente foi demasiado longa e rápida, fechando a saída. Mantém-se a situação e o requisito, a troca de ondas entre ambos continua, mas não muda nada.  

 

A menos de dois minutos da apitadela final, o português teve ainda uma derradeira oportunidade para mudar o desfecho do heat, gera velocidade numa onda média e aproveita uma rampa para sair a voar, bem alto, num reverse air. Contudo, a aterragem não correu bem e cai, deitando por terra a hipótese de conseguir a passagem à fase seguinte. 

 

Não foi um campeonato brilhante para o português, mas foi o possível. O afastamento, em 13.º lugar, acaba por ser inglório, pois Kikas na verdade nunca teve uma hipótese clara para dar a resposta esperada, face aos demasiados closeouts. Podemos até afirmar que foi um Heat com uma pontuação total (9.60) anormal para o surfista português que, como se sabe, regista quase sempre scores altos. 

 

 

No final, ao microfone da WSL e frente à bela Rosy Hodge, Morais explicou o quão difícil está o mar: 

 

"Está mesmo muito dificil. Comecei um pouco mais para a direita, onde tinha visto umas ondas quebrarem, mas depois quando lá cheguei não encontrei nada. Fui para o pé do Caio, mas as oportunidades eram poucas. Só encontrei closeouts no heat, mas a verdade é que está igual para todos. Bem, é altura de focar-me para o CT em Portugal. Faltam dois eventos e ainda está tudo em aberto, mas estou contente por regressar a Portugal e competir em Peniche”. 

 

O Round 3 continua a decorrer e podes assistir, em direto, AQUI

 

Outros resultados a assinalar até ao momento: 

 

- Miguel Pupo afastou Adriano de Souza, campeão mundial em 2015, no Heat 3 do Round 3;

- Julian Wilson, número 3 mundial, despede-se de prova às mãos do “wildcard” francês Marc Lacomare; 

- Keanu Asing, “wildcard” e vencedor o ano passado, perdeu para Owen Wright; 

- Filipe Toledo, lesionado, foi afastado de prova no Round 2 por Miguel Pupo; 

- Connor O’Leary, melhor “rookie” no ranking (em 10.º lugar) foi eliminado por Leonardo Fioravanti; 

- Mick Fanning mantém-se em prova ao vencer Zeke Lau no último Heat do dia. 

 

Entretanto, os melhores momentos de ontem: 

 

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