Adriano fechou o ano com uma vitória em Pipe. Adriano fechou o ano com uma vitória em Pipe. Foto: WSL sexta-feira, 18 dezembro 2015 17:14

A BRAZILIAN STORM VEIO PARA FICAR

Os números mostram e comprovam um domínio sem precedente do surf brasileiro…

 

O desfecho da temporada 2015 soube a pouco com um derradeiro dia de competição em Banzai Pipeline muito aquém do potencial a que nos habituou. Talvez isso justifique que, na caminhada rumo ao título, Mineirinho tenha conseguido passar baterias com scores baixíssimos (5.50 nos quartos e 6.83 nas meias) e para a decisão final do troféu do Pipe Masters, a arena por excelência dos tube riders, a sua melhor onda tenha sido efetivamente construída à base de três chapadas de backside e nenhum tubo.

 

Como espetadores e fãs de surf, o show apresentado teve um sabor agridoce. Em todo o caso, não confundamos: o Adriano de Souza é um campeão mundial justíssimo - apesar do calvário por que Mick Fanning passou este ano - e espelha bem aquela máxima que refere que nem sempre o talento chega, é preciso muito trabalho, esforço e suor para alcançar os sonhos.

 

Contudo, a vitória de Mineirinho, conseguida após nove duras temporadas na divisão máxima do surf e aos 28 anos, dá apenas seguimento à primeira vitória de sempre de um surfista brasileiro no circuito mundial, conseguida por Gabriel Medina em 2014, e vem comprovar algo que já todos nós desconfiávamos: a Brazilian Storm veio para ficar!

 

A afirmação, que pode ser contestada consoante a vontade e opinião dos nossos leitores, baseia-se em algo muito simples: o domínio dos atletas brasileiros na presente temporada. Ora vejamos:

 

Campeão WCT: Adriano de Souza

Pipe Masters: Adriano de Souza

Hawaiian Triple Crown: Gabriel Medina

Campeão WQS: Caio Ibelli

WSL Rookie do Ano: Ítalo Ferreira

 

Se quisermos somar mais alguns dados, então fiquem a saber que seis das onze etapas do World Tour 2015 foram vencidas por brasileiros (Gold Coast, Margaret River, Rio de Janeiro, Hossegor, Peniche e Pipeline) e apenas duas finais não contaram com presença brasileira (Fiji e J-Bay). Para o ano serão nove os surfistas brasileiros entre os 34 que compõem a elite mundial.

 

Por tudo isto e qualquer coisa mais… há dúvidas que a Brazilian Storm veio para ficar?

 

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Texto: AF

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