Tal como Gabriel Medina teve um desempenho que se pode considerar dominante durante 2014, conquistando três importantes etapas (Gold Coast, Fiji e Taiti) do circuito mundial e ainda marcando presença na final de Pipe, que veio a resultar no primeiro título mundial da carreira; também o desempenho de Filipe Toledo está a ser avassalador este ano.

A temporada ainda não terminou - falta realizar o Billabong Pipe Masters em dezembro - mas o jovem prodígio brasileiro, de apenas 20 anos, já regista três impressionantes vitórias (Gold Coast, Rio de Janeiro e Peniche) no World Championship Tour. Vitórias que, realce-se, não só convencem como calam a boca de muita gente.

Estranhamente, o miúdo terminou a temporada passada em 17º lugar e dois quintos lugares é tudo o que tem para acenar na WSL de 2014. Já Gabriel Medina, por sua vez, em 2013, precisamente o ano em que antecedeu a conquista do título, terminou em 14º na tabela, mas com uma presença nas meias finais do Rio e outra na final da etapa de Hossegor.

A vitória em Portugal foi uma boa mostra do atual poderio de Filipe Toledo, do espetacular arsenal de manobras que não hesita em levar ao seu surf, da boa fase de consistência e segurança que atravessa. A final de Peniche foi ótima, nós diríamos até marcante, mas foi a bateria da ronda 4, super high-performance, que foi qualquer coisa de assistir.

Toledo venceu com 19 pontos, deixando Kolohe Andino com 18 e Brett Simpson com 17.57 pontos. Terá sido, eventualmente, um dos heats mais competitivos de sempre que nos foi dado a observar no surf profissional… e com o fenómeno de Ubatuba a debitar um 9.23 e 9.77 pontos. Quem é que faz isso?

Filipe está neste momento em segundo no ranking e ainda tem chances (reais e matemáticas) de se sagrar campeão mundial em 2015 (os vários cenários estão disponíveis aqui). Até apetece dizer: Toledo é o novo Medina. Mas se Toledo é o novo Medina, que dizer então de Italo Ferreira?

Crónica para ler em breve. Fiquem sintonizados.

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Texto: AF // Fotografia: Pedro Mestre/WSL.