OCEANOS PODEM TER MAIS PLÁSTICO QUE PEIXE EM 2050
O alerta foi dado recentemente pela Fundação Ellen MacArthur, uma reconhecida velejadora de origem britânica...
O alerta foi dado recentemente pela Fundação Ellen MacArthur, uma reconhecida velejadora de origem britânica, num artigo que chegou a ser publicado na revista Fortune. Atualmente, estima-se que mais de 150 milhões de toneladas de plástico estejam a boiar nos Oceanos.
O estudo que serve de base à peça, refere que todos os anos 8 milhões de toneladas de plástico acabam nos Oceanos (o equivalente a um camião do lixo por minuto) e que a proporção de toneladas de plástico relativamente ao peixe existente tem vindo a aumentar drasticamente. Caso a situação se mantenha, a previsão é que em 2030 falemos de dois camiões por minuto, número que sobe para quatro em 2050.
Segundo o relatório, a proporção entre as toneladas de plástico e as toneladas de peixe registadas nos oceanos era de um para cinco em 2014. Em 2025, será de um para três e em 2050 irá evoluir de um para um.
De forma a mudar o cenário, Ben McNeil, um dos responsáveis pelo estudo, propõe a criação de um novo sistema para reduzir o desperdício de plástico na natureza, especialmente nos oceanos, e incentiva à procura de alternativas ao petróleo e ao gás natural na produção desse material. Um novo órgão independente que regule o setor também foi apontado. Só uma consciência de mudança e a cooperação mundial entre as empresas, políticos e organizações ambientais poderão fazer a diferença.
Vários países tentam atualmente limitar o uso de sacos plásticos. Atualmente, mais de 26% do plástico produzido no mundo destina-se a embalagens. Em Portugal, entrou em vigor em fevereiro de 2015 uma taxa (de 10 cêntimos) sobre os sacos plásticos leves. França quer proibir o uso único de sacos plásticos em março, enquanto o Reino Unido também aprovou uma legislação que exige que a utilização de sacos plásticos seja sujeita a pagamento.