Tudo o que usamos vai parar à praia segunda-feira, 14 janeiro 2019 15:40

Tudo o que usamos vai parar à praia

Três questões pertinentes esclarecidas de forma muito simples… 

 

Como surfistas que orgulhosamente somos, o nosso amor pela praia e o oceano é eterno. Obviamente. No entanto, custa ver e dar a mão à palmatória - há cada vez mais detritos espalhados pela areia e o mar, seja de verão ou de inverno.

 

Estima-se que, em 2025, haja tanto plástico como peixe nos oceanos - fasquia que será ultrapassada em 2050.

  

No tópico da reciclagem (que contempla também o reduzir, recusar, repensar e reutilizar) há muito a fazer, por desenvolver e pôr em prática. Muitos comportamentos dos humanos são inocentes e totalmente desprovidos de maldade, mas na verdade não abonam a seu favor. 

 

Eis a resposta a três questões que podem ajudar a consciencializar e, consequentemente, mudar comportamentos a partir de hoje: 

 

Deitar lixo para o chão ainda é um comportamento socialmente aceitável?

Não, não é. Em geral, as pessoas atiram vários objetos para o chão sem pensar muito no que estão a fazer. Talvez por julgarem que é um ato insignificante e sem grandes consequências. Estão enganados. 

Na praia encontra-se de tudo, desde balões, cotonetes, cápsula de café, palhinhas, copos, garrafas, etc. A beata, por exemplo, é jogada fora pelos fumadores como se fosse algo absolutamente normal. Acontece que de banal esse gesto não tem nada. Estudos há que indicam que cerca de 7.500 beatas vão parar ao chão a cada 60 segundos - acabando nas sarjetas e linhas de água, e, por conseguinte, no mar. 

Isto é alarmante… mas o cenário é francamente pior se pensarmos que este gesto está a ser multiplicado por milhões de pessoas neste exato momento. 

 

Qual a alternativa?

Criar novos hábitos que sejam mais amigos do Ambiente. Por exemplo, não usar garrafas de plástico, pedir uma colher (em vez do pau de plástico) cada vez que bebemos um café, eliminar o uso de cotonetes, usar copos reutilizáveis, depositar a beata no lixo e deixar de comprar carne e peixe já embalados ou fruta em sacos de plástico. São pequenos gestos que não agravam o problema ambiental que temos em mãos. 

 

Solução para salvar o planeta? 

Através de pequenos gestos, no dia-a-dia, como o que já adiantámos há tempos que consiste em apanhar 3 objetos cada vez que saíamos da água e atravessamos o areal em direção ao carro. Depois é só depositar no caixote do lixo. 

Devemos manter os oceanos saudáveis para garantirmos a nossa existência. Já há estudos de investigação que provam a existência de fibras sintéticas nos peixes que andamos a comer. Só ainda não se sabe que implicações isso terá na saúde humana (mas bem não deve fazer). 

Ao apanharmos o lixo da praia, por exemplo, não estamos apenas a salvar o planeta, mas também a salvar-nos a nós próprios. O problema é grave, mas nunca é tarde para o combatermos. Se agirmos agora, ainda vamos a tempo de o travar. 

 

O que se diz por aí é verdade: No final da cadeia, estamos nós. Tudo o que usamos vai parar à praia. Não há volta a dar.

Pensem nisso. 

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