Caso de vergonha diplomática no Mar das Caraíbas
Consenso entre ministros do Ambiente parece difícil de encontrar…
No Mar das Caraíbas, entre as Honduras e a Guatemala, há um mar de lixo ao deus-dará. Que é como quem diz ao sabor das correntes oceânicas. Nele podemos encontrar de tudo: roupa, madeira, plásticos diversos, animais mortos e até cadáveres humanos, garante fonte governamental hondurenha.
A culpa parece querer morrer solteira neste caso, pois nem as Honduras ou a Guatemala assumem o prejuízo. Na verdade, nenhum dos governos quer assumir a quantidade de lixo que se acumulou no Mar das Caraíbas, a norte das Honduras, nomeadamente ao largo das ilhas de Roatán, Omoa ou Puerto Cortés.
A poluição no mar é tanta que à primeira vista a concentração de lixo quase parece uma ilha. Mas não é. O problema está a assumir contornos de urgência uma vez que já nem os turistas procuram as praias com medo de acabarem contaminados.
O problema, aparentemente, reside nas descargas feitas no rio Motagua que atravessa uma boa parte parte da Guatemala (percorre 95 municípios) mas desagua em território hondurenho. Para já a solução está longe de ter uma resolução que acabe de vez com o problema, com o Ministério do Ambiente de Guatemala a garantir que somente a partir do próximo ano o problema das descargas estará definitivamente resolvido.
A intenção é boa, mas não resolve a situação atual e só serve para aumentar a tensão entre os dois países. As Honduras, entretanto, já ameaçaram os seus vizinhos com uma intenção de queixa-crime internacional e respetivo pedido de indemnização.
Uma coisa parece-nos óbvia. Entre a guerra de palavras que vai tendo lugar, de parte a parte, ninguém está a fazer nada (de concreto) para resolver o problema. Essa é que é essa. Tenham vergonha, meus senhores.