BACALHAU É CONSIDERADA ESPÉCIE VULNERÁVEL
Hábitos a mudar para a mesa da consoada?
Mesa de consoada sem bacalhau não é a mesma coisa e são mesmo poucos os lares portugueses onde o bacalhau não veste o papel de figura principal. Na verdade, segundo consta por aí, os portugueses consomem mil toneladas de bacalhau no Natal, das mais diversas formas e são definitivamente os clientes mais fiéis deste pescado no mundo.
Até aqui tudo bem, mas o que ninguém ou pouca gente sabia é que o bacalhau faz parte da lista de espécies vulneráveis, situação provocada precisamente pela pesca excessiva. No ano passado, por exemplo, a União Europeia chegou até a ponderar a proibição da pesca do bacalhau por algumas semanas durante o período de reprodução no Báltico.
Num guia de sustentabilidade também elaborado em 2015, fruto de uma parceria entre o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e o Oceanário de Lisboa, o bacalhau ocupava um dos lugares de topo na lista de peixes “a evitar”, por ser uma espécie vulnerável, sobre-explorada ou com métodos de captura com impacto no meio ambiente.
A alternativa, segundo nos era indicado, passava pela substituição do bacalhau por outras espécies como o carapau, a cavala ou a pescada, cefalópodes como o choco e o polvo, espécies de aquacultura como a dourada, robalo ou rodovalho que são peixes existentes na costa portuguesa e trazem rendimento direto para a economia nacional (ao contrário do bacalhau que é pescado por empresas estrangeiras ao largo do Canadá e da Gronelândia).
Antes que digam algo, para nós faz tão ou mais sentido falar do bacalhau, tal como dos tubarões, raias ou outras espécies em perigo. Por isso, sê esperto ao escolheres a tua próxima refeição. Bom apetite!
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