Fotografias por Guilherme Soares.

O Rip Curl WSL Finals, evento em que os top cinco mundiais competiram e disputaram o Título Mundial, decorreu no passado dia 9 de Setembro em Trestles, culminando com a vitória de Filipe Toledo e Caroline Marks. Mas será que os resultados finais desta derradeira prova foram aqueles que mais se esperavam?

Carissa Moore, na categoria feminina, teve um final semelhante ao do ano passado, em que chegou à Finalíssima em 1º lugar no ranking mundial, mas foi destronada por uma forte Stephanie Gilmore, que chegou ao evento em 5º lugar, venceu todos os seus heats até disputar o último com Moore, que também venceu. Este ano foi Caroline Marks que, começando o evento em 3º lugar no ranking mundial, derrotou primeiro Caitlin Simmer e depois Tyler Wright, até chegar a Moore, até então líder do ranking.

Kelly Slater a torcer por Carissa Moore

Kelly Slater, antes da disputa das duas surfistas, partilhou nos seus stories que acreditava na vitória de Carissa, e que estava a torcer por ela: "A Caroline Marks tem sido incrível esta manhã (...). Mas a Carissa Moore tem mostrado consistentemente que é a melhor em todos os eventos, há muitos anos, e acho que em teoria é ela quem tem a vantagem. E depois da derrota difícil no ano passado, seria muito bom vê-la ganhar". 

O resultado, já sabemos, não foi esse. Carissa mostrou bom surf, mas não conseguiu superar Marks, que conquistou, talvez para surpresa de muitos, o Título Mundial.

O apoio de San Clemente a Griffin Colapinto

Na categoria masculina, o vencedor do evento, Filipe Toledo, correspondeu ao líder do ranking, mas nem todos tinham o seu dinheiro neste nome. Eram muitos aqueles que acreditavam que Griffin Colapinto andava nos últimos tempos a apresentar um surf fora de série e capaz de destronar Toledo. A campanha de apoio a Griffin foi, claro, ecoada pela Quiksilver, marca que patrocina o atleta, na voz inesperada da estrela de Hollywood Matthew McConaughey. O apoio do actor ao surfista torna-se mais lógico se tivermos em conta que os seus filhos são grandes fãs de Colapinto.

Mas apesar do enorme apoio que o surfista de San Clemente estava a receber da comunidade local, onde o evento teve lugar, Griffin não chegou a ter a oportunidade de enfrentar o líder do ranking, pois foi derrotado por um adversário improvável. Numa situação normal, Ethan Ewing seria um claro candidato ao Título Mundial, mas depois de se ter lesionado no Tahiti, não era sequer certo que o australiano conseguisse competir em Trestles. 

Não só competiu como brilhou. Chegou ao evento em 3º lugar no ranking e venceu o seu heat contra João Chianca. Depois enfrentou Colapinto, e voltou a vencer - nos dois casos, teve pontuações totais na casa dos 17 pontos (em 20 possíveis). Contra Toledo, apesar de ter mantido um surf muito forte, não conseguiu vencer, e Toledo tornou-se assim Campeão Mundial pela segunda vez.

Com a qualidade dos surfistas em causa, o entusiasmo estava quase garantido, independentemente do resultado. Mas houve algo de extra entusiasmante em testemunhar, no meio dos debates sobre quem, entre Griffin e Filipe, poderia levar a taça, o ataque sorrateiro de Ethan, que para muitos estava tido como praticamente fora de combate. 

Quais eram os resultados de que estavas à espera?