“Este está a correr razoavelmente bem, mas também foi um ano de novidades e muita aprendizagem”, começa por dizer Teresa Bonvalot, num jeito de balanço da época e de lançamento do Cascais Women’s Pro (24 de Setembro a 2 de Outubro, entre Carcavelos e o Guincho) que a convidámos a fazer numa conversa telefónica de final de tarde, quando a surfista de Cascais regressava de mais um dia de treinos.

“Consegui o meu primeiro objectivo, ser campeã europeia, mas em termos desportivos, optei por fazer menos QSs para poder fazer mais viagens, como Indonésia, Austrália, entre outros destinos de ondas boas, para poder evoluir mais o meu surf sem a pressão competitiva. Mas, como já disse, também está a ser um ano de novidades.”

Novidades menos boas, como a primeira lesão, num tornozelo, felizmente pouco grave e já ultrapassada, e outras mais agradáveis. Como a primeira vez que defronta a australiana Tyler Wright, conforme já ditou o heat draw  do Cascais Women’s Pro.

“Nunca surfei com a Tyler e estou muito entusiasmada por ir fazê-lo agora. Já me cruzei em competições com a Carissa Moore, com a Stephanie Gilmore e outras surfistas do CT, mas a Tyler é a primeira vez e estou muito motivada para o fazer.”

Motivada mas também pressionada? Afinal, com este heat draw, Teresa está directamente envolvida nas contas do título — já que Tyler Wright pode conquistar o título mundial em Cascais  —, e também surfa em casa, diante da família, os amigos e mais atenção mediática do que é habitual.

“Não me sinto minimamente pressionada nem sinto qualquer responsabilidade. Estou apenas com muita vontade de surfar e dar o meu melhor neste campeonato.”

E se Teresa der o seu melhor, todos sabemos que algo histórico pode acontecer entre Carcavelos e o Guincho nos próximos dias.

Teresa acompanhada de Tyler Wright e Cortney Conlogue