FRANCISCO DUARTE PREPARA TEMPORADA DE INVERNO NA INDONÉSIA
Jovem da nova geração de surfistas lusos procura a evolução nas águas quentes do Oceano Índico…
É um dos nomes que surge regularmente entre a nova geração de surfistas portugueses e uma das presenças assíduas da Liga Moche. Com a primeira metade do ano decorrida, o jovem Francisco Duarte, de 19 anos, redefiniu objetivos e aproveitou para preparar a reta final da temporada competitiva nas águas quentes da Indonésia e nas ondas perfeitas que a aquela região guarda.
No dia de partida para o Oceano Índico, a Surftotal foi falar com ele de forma a saber que objetivos leva na bagagem e que pensamentos guarda para os próximos tempos.
Como surge esta viagem?
Francisco Duarte: Esta viagem surge de uma mudança estratégica da presente época competitiva, junto dos meus treinadores, onde restabelecemos os objetivos da mesma e onde aproveitámos a presente altura do ano, para eu puder treinar em ondas de classe mundial, como são as da Indonésia.
Que levas na mente?
O principal objetivo desta viagem traduz-se em evoluir ao máximo a minha técnica. Vou ter a oportunidade de estar 16 dias consecutivos em Lakey Peak, onde vou encontrar uma qualidade e diversidade de ondas de classe mundial e, portanto, ter a oportunidade de atingir o meu objetivo principal para esta viagem de treino.
"O principal objetivo desta viagem traduz-se em evoluir ao máximo a minha técnica"
Até ao momento, como avalias a presente temporada competitiva?
Até ao momento, avalio esta presente temporada competitiva de 'aprendizagem' como consistente. Claro que sei que podia ter alcançado melhores resultados em todas as provas em que participei, embora acho que seja de realçar alguns resultados, tal como a minha qualificação para a Final Mundial do TCT Volcom, na Califórnia, em Trestles. Nas restantes provas, espero nas próximas oportunidades, no que diz respeito à Liga Moche ultrapassar a barreira dos ‘quartos de final' e nos WQS fazer participações mais consistentes!
Entre os QS europeus e a Liga Moche, quais as principais diferenças?
Embora ambos os circuitos apresentem um nível muito bom, na minha opinião a Liga Moche acaba por ser uma competição de certeza forma mais exigente e consequentemente mais difícil, pois para um país pequeno, em tamanho, como é Portugal, existe uma enorme concentração de atletas de alta qualidade. Já os QS europeus, tem uma grande diversidade de idades e nacionalidades de atletas. Portanto, acho que o nível de surf, embora seja muito, muito forte também, acaba por não estar tão concentrado como em Portugal, o que não desvaloriza o mesmo, mas torna-o diferente do nosso. O nível em Portugal é incrível.
“Se o foco estiver no treino e na progressão, vamos acabar por vingar!"
Porque é tão difícil um jovem surfista vingar nestas competições?
Na minha opinião, na generalidade penso que seja difícil para nós, jovens surfistas, vingarmos nestas competições, porque estivemos até então habituados a uma exigência e realidade completamente diferente nas competições, e deparamo-nos, nesta nova fase, com atletas com outra bagagem, outra experiência, outra idade, outro nível de surf. Mas penso que se o foco estiver no treino e na progressão, nós mesmos vamos acabar por ter o nosso período de adaptação e, se tudo correr bem, acabar por vingar!
Para terminar, diz-nos apenas como está a ser a tua temporada de verão até ao momento. Por onde tens andado e que sessões destacarias?
A temporada de verão está a ser incrível! Comecei o verão na Califórnia onde passei 15 dias e vou acabar com outros 16 dias na Indonésia. Portanto, está a correr tudo nos eixos. Estive também uns dias no Algarve com a minha família, entre os campeonatos WQS em que participei. Sem dúvida, destaco as sessões em que estive presente no Algarve com todos os meus amigos de desde sempre e em que a diversão e boas ondas não faltaram!
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Entrevista: AF