Uma das notícias mais badaladas logo após o Sumol Porto Pro, a terceira etapa da Liga MOCHE, decorrida em Leça da Palmeira no passado fim de semana, foi a entrada de Vasco Ribeiro no Outside Surf Project (OSP). O surfista, que detém títulos nacionais, europeus e mundiais, juntou-se assim ao projeto de treinos da Linha que tem vindo a formar vários jovens surfistas no último ano. 

Rodrigo Sousa é o treinador OSP que irá treinar e acompanhar Vasco Ribeiro daqui por diante, tendo um objetivo bem definido que passa por colocar o surfista português na primeira divisão do surf mundial. À Surftotal, Rodrigo fez o favor de responder a algumas questões sobre tão importante transferência do surf português: 

Desde quando existe o Outside Surf Project e em que consiste em concreto?

RS/OSP: A OSP existe desde junho de 2015. Consideramo-nos uma grande família que consiste em formar pessoas e surfistas, desde o primeiro drop ao primeiro pódio, passando pelo simples prazer de surfar melhor.

Que outros atletas fazem parte do projeto?

RS/OSP: Neste momento contamos com muitos atletas e todos eles fazem parte do projeto. Contamos com nomes como Carol Henrique, Dylan Groen, Filipe Jervis, Francisco Alves, João Kopke, Mariana Garcia, Vasco Mónica e Vasco Ribeiro, entre outros.

“Queremos criar uma base sólida e consistente de trabalho para que

o sucesso se construa e perdure em vez de sujeitar o Vasco a picos de sucesso

porque sabemos que o caminho para o World Tour é longo"

A partir de agora, que muda no treino de Vasco Ribeiro?

RS/OSP: Há sempre algo a melhorar e o Vasco não é exceção. Existem pormenores, cada vez mais específicos e personalizados, que são fundamentais ao nível do Vasco. Cada atleta é um caso diferente com a devida abordagem e é um trabalho que está constantemente a ser ajustado.

Que falta potenciar/explorar em Vasco Ribeiro?

RS/OSP: Sabemos que talento não falta, agora temos que aliar esse talento e trabalho juntamente com um “mindset" que o ajude a regressar às vitórias. Acima de tudo, queremos criar uma base sólida e consistente de trabalho para que o sucesso se construa e perdure em vez de sujeitar o Vasco a picos de sucesso porque sabemos que o caminho para o World Tour é longo.

- Vasco Ribeiro é dono e senhor de um dos surf mais "power" na Europa. Foto: Pedro Mestre/ANS

Por sua vez, Vasco Ribeiro, de partida para o QS6000 do Japão, teve ainda tempo para responder a duas questões chave lançadas pela Surftotal: 

Como vês a entrada neste novo projeto e o que esperas alcançar com esta mudança?

VR: Estou muito contente, é uma nova fase e tem sido um período muito interessante de habituação. Conheço o Rodrigo há muito tempo e gosto bastante do modo de trabalho dele. Acima de tudo, a mudança permite-me também receber novos feedbacks e incutir uma nova forma de trabalho que poderá ajudar-me a surfar mais e a competir melhor.

“A mudança permite-me receber novos feedbacks e incutir uma

nova forma de trabalho que poderá ajudar-me a surfar mais e a competir melhor"

CT é o objetivo. Que se segue agora na agenda? 

VR: Sem dúvida de que é o objetivo. Vou hoje ainda [ontem] para o Japão para um QS6000 e no próximo mês tenho o QS10000 na África do Sul. Este ano estou 100% focado nas etapas QS10000 e QS6000 ao longo desta temporada, com o objetivo de garantir os melhores resultados possíveis e procurar a qualificação no final do ano.

Vai ser com toda a certeza uma grande aliança e um grande ano para Vasco e para a OSP que continua a expandir a sua carteira de atletas e a consolidar um projecto cada vez mais ambicioso e sólido. É caso para se dizer… Vasco Ribeiro inside Outside! 

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