RUI COSTA: "COMEÇÁMOS COM CINCO TENDAS EM SUPERTUBOS"

Entrevistámos o responsável pelo Allianz Capítulo Perfeito powered by Billabong sobre o crescimento do evento nos últimos anos, que o colocam num patamar de excelência no panorama do surf nacional e agora, internacional.


O ano em que o Allianz Capítulo Perfeito powered by Billabong celebra a sua 4ª edição, marca também a internacionalização do evento, com a vinda de tube riders internacionais de grande categoria, que vêm acrescentar ainda mais nível a uma competição que já ganhou um lugar de destaque no panorama do surf nacional, por mérito próprio. Rui Costa, o mentor do projeto, falou-nos deste crescimento, e mostrou a ambição de não ficar por aqui.



Que balanço fazes do percurso do Capítulo Perfeito desde a sua génese?

Um balanço positivo, acho que temos sempre vindo a crescer e acima de tudo temos tido sempre a preocupação de melhorar, e nesse sentido orgulhamo-nos muito de olhar para trás e pensar que começamos com cinco tendas montadas na praia dos Supertubos e a realizar o evento para a web com cinco pessoas, e que agora temos mais de 20 pessoas a realizá-lo, não só para a web mas também para TV.


Quando começaste, imaginavas chegar a este formato, com atletas internacionais de gabarito, e ao estatuto que o CP já tem?
Não imaginava, mas sonhava com isto, e tudo temos feito para chegar a este nível, tem sido um investimento a todos os níveis ano após ano, de forma a dar dimensão a este evento e acima de tudo a torná-lo aliciante para os surfistas que procuram e dão valor às condições que o Capítulo Perfeito procura desde 2012.


O processo para estruturar um evento desta dimensão começa assim que termina a edição anterior?
Exatamente! Primeiro temos que analisar o que se passou e depois temos alguns meses para pensar em melhorar, inovar, para então irmos ao mercado garantir a próxima edição. No meio disto tudo são feitos 'approaches' aos surfistas e parceiros de forma a termos certeza que aquilo que pensamos mudar ou melhorar está em sintonia com o que eles idealizam.


Disseste-nos há tempos que para além de trazer atletas internacionais cá, tinhas no horizonte a possibilidade de exportar o formato. Podes levantar o véu sobre algum desenvolvimento nesse sentido?
De há dois anos para cá que venho dizendo que o nosso objectivo era internacionalizar o evento, penso que o primeiro grande passo está a ser dado este ano. Asseguro-vos que outros grandes passos serão dados nos próximos anos, esperem para ver. Levantar o véu seria tira o fator surpresa, que é algo que ajuda muito na promoção deste tipo de conceito de evento especial.


Fala-nos um pouco sobre a relação com os patrocinadores, nomeadamente sobre a entrada da Allianz e a renovação com a Billabong, e o impacto que têm no crescimento do evento.
Eventos como o Capitulo Perfeito só conseguem crescer com o reconhecimento, em primeiro lugar da opinião pública e depois com a confiança das marcas. Por isso, para nós era muito importante chegar a esta fase e ter a confiança de marcas 'worldwide' como a Allianz e a Billabong, que aceitaram o nosso repto de se ligarem a nós por mais anos e poderem crescer connosco num evento, que sendo especial e não estando ligado a nenhum circuito, tem margem para se ir moldando e redimensionando ano após ano. Havendo essa harmonia entre nós e as marcas tudo se torna mais fácil e acaba por nos dar tranquilidade suficiente para nos preocuparmos mais com o conceito propriamente dito.


Sempre focaste que o Capítulo Perfeito é um evento muito focado no público, que novidades podes adiantar para este ano?
A maior novidade já comunicamos ao público, foi a possibilidade de poderem escolher nomes entre uma lista dos melhores tube riders do mundo. Quanto ao dia do evento temos algumas novidades que posso adiantar, serão uma mais valia para o espectáculo, seja na areia, seja em casa para quem estiver a acompanhar na web ou TV.


Carcavelos é para manter?
Vamos ver em 2016


Como vês o panorama competitivo a nível nacional? 
Vejo um aumento de nível no circuito nacional mas gostava que houvesse um maior número de provas no circuito junior, afinal eles são o futuro do surf em Portugal e por isso deveríamos arranjar forma de mantê-los comprometidos com o surf desde cedo, para se formar uma base. Mas isto é só uma opinião de quem se dedica mais a fazer eventos para o público em geral do que propriamente circuitos de competição, vale o que vale.


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