"É o sonho de qualquer miúda" - Teresa Abraços conta como foi dinamizar o encontro entre jovens portuguesas e atletas do CT
Teresa Abraços apadrinhou a última edição do Rising Tides em Peniche.
Tendo em conta que no passado dia 8 de Março assinalou-se o Dia Internacional da Mulher, e que o período de reconhecimento da luta pelos direitos das mulheres habitualmente estende-se para todo o mês de Março, a WSL dinamiza anualmente alguns projectos nesse sentido. E como Março também é o mês em que Peniche recebe a terceira etapa do CT, esses projectos acabam por ter lugar em mar português, encabeçados por nomes nacionais.
No caso, a WSL promoveu uma edição especial do seu programa Rising Tides, o programa que coloca surfistas da nova geração na água com os seus heróis do Tour. Esta edição foi apadrinhada por Teresa Abraços e recebeu jovens surfistas de todo o país, para conhecer e surfar com várias atletas da elite. A Surftotal conversou com Teresa Abraços para saber um pouco mais sobre como foi o evento.
WSL / Poullenot
Como surgiu esta oportunidade de organizares esta edição do Rising Tides?
Recebi um telefonema da WSL Europa e África a perguntar se eu queria ajudar a identificar 15 a 20 meninas portuguesas que estejam a dar os primeiros passos na competição e que aspirem a evoluir cada vez mais e chegar ao mais alto nível. Para além disso, estaria também na praia a apadrinhar o evento.
Quais foram os teus grandes objectivos?
O meu objectivo foi que elas tivessem uma experiência de surf inesquecível. Uma experiência de surf e de convívio perfeitamente informais com algumas das surfistas profissionais. Acho que isto é o sonho de qualquer miúda que faça surf e que goste de surf e de competição.
WSL / Poullenot
Quem convidaste e que pro surfers apareceram?
Seria menos trabalhoso para mim limitar-me a convidar as miúdas que já conheço e com as quais tenho alguma proximidade, porque nos encontramos frequentemente no surf ou em alguns casos até conheço os pais. No entanto eu entendi que seria mais justo dar oportunidade a meninas de vários pontos do país. Por isso não descansei enquanto não arranjei os contactos de todas e falei com muitos dos pais, já que a maioria delas era menor.
Tivemos cerca de 20 meninas vindas de locais tão diferentes como Viana do Castelo, Aveiro, Costa da Caparica, Estoril, Algarve, Ericeira e Peniche. Foi fantástico, até do ponto de vista do convívio entre elas.
Quanto às surfistas do World Tour que apareceram, foram a Isabella Nichols, a Sophie McCulloch, a Bettylou Sakura Johnson, e a Yolanda Hopkins, que foi muito querida como sempre. A Lakey Peterson esteve por lá mas não foi à água.
"Todas adoraram a hipótese de surfar com
algumas surfistas de elite que admiram"
Como se desenrolou o evento?
Como o mar e o vento estavam péssimos para Supertubos, mudou-se a sessão para o Baleal. Estive lá a receber as meninas, que depois de confirmarem a inscrição receberam uma lycra. E dei-lhes uma breve da descrição do que se iria passar. Depois de algumas tirarem fotos com as prós foram todas para a água no Lagido juntamente com as surfistas profissionais. Até estavam umas ondas giras, e fáceis, o que era ótimo porque havia miúdas com 8 e 10 anos. Viu-se muito bom nível de surf por parte de todas, foi fantástico. Todas adoraram a hipótese de surfar com algumas surfistas de elite que admiram. E foi muito bom tirarem fotos com elas, pedirem autógrafos e trocarem experiências. As miúdas estavam maravilhadas.
"Deixa-me com um orgulho enorme ver que
o surf português vai num bom caminho"
Conta nos algo mais!
Acho que é justo dar os parabéns à WSL por esta iniciativa que tanto beneficia o surf feminino nos locais por onde o circuito passa. Gostei imenso de ver tantos risos das miúdas e deixa-me com um orgulho enorme ver que o surf feminino português vai num bom caminho. Aliás, actualmente tem dado cartas e estão todas de parabéns. Fico muito contente.