Durante o Azores Airlines Pro, o QS 5000 que teve lugar nos Açores entre 1 e 6 de Novembro, a Surftotal conversou com Rob Gunning, Tour Manager da WSL na Europa, sobre o funcionamento da etapa açoriana e sobre as alterações nos circuitos da WSL - nomeadamente o QS, que agora funciona por regiões.

Rob Gunning começou por salientar a importância desta etapa, que contará para a qualificação para o Challenger Series 2022. Além desta, contam todas as etapas do QS até dia 10 de Abril do próximo ano. Haverá uma em Israel e uma em Marrocos, e mais duas em Portugal (em Santa Cruz e na Costa de Caparica). As etapas de Marrocos e dos Açores, por valerem 5000 pontos (ao contrário das restantes que valem 3000) são etapas fulcrais para a qualificação.

"É um caminho claro para os atletas."

Sobre o novo funcionamento dos circuitos da WSL, Gunning afirma que a WSL “está muito feliz com este sistema em três divisões” – esta é uma das grandes novidades da WSL, em que os melhores atletas de cada região se qualificam para o Challenger Series através do Qualifying Series, e só aí competem por uma vaga no Championship Tour. “É um caminho claro para os atletas”, defende Gunning, “e é fácil de vender aos media e explicar ao público. É também uma forma de promover a segunda divisão, que são os atletas a lutar para entrar no CT.”

"A WSL vai manter as três divisões."

Com o QS a funcionar por regiões, há uma preocupação em relação à perda de prestígio das etapas, que deixam de ter grandes nomes do surf mundial a competir nelas. Sobre a dificuldade que os organizadores poderão ter em encontrar patrocínios devido a essa perda de prestígio, Gunning garante que a WSL “está a monitorizar a situação.” Afirma que trazer surfistas internacionais para eventos regionais poderia solucionar o problema, mas, para já, “a WSL vai manter o plano das três divisões, e veremos como corre.”