Francisco Almeida: "Esta conquista foi fruto de todo o trabalho feito ao longo do ano"

Exclusivo com o novo campeão nacional sub-18... 

 

Francisco Almeida, 18 anos, é um dos jovens surfistas portugueses que tem vindo a conquistar cada vez mais relevo ao longo da costa. Neste último fim de semana, após garantir o apuramento para finalíssima nacional em sub-18, ele  deu que falar nas ondas de Ribeira d’Ilhas ao sair vencedor. Na atualização possível, 48 horas depois do feito, tem a palavra o novo campeão nacional da categoria: 

 

Antes de mais, faz-nos uma apresentação pessoal. De onde vens? Idade? Anos de prática e o que procuras no Surf?

Francisco Almeida: Olá! Chamo-me Francisco Nunes de Almeida, tenho 18 anos e venho de Lisboa. Comecei a fazer surf aos 7 anos (ou seja há 11 anos) e desde de aí que nunca perdi o interesse e a vontade de querer mais nesta modalidade. 

 

Como vês esta última vitória? 

Esta vitória significou muito para mim. Foi um ano de treinos intensivos e com bons resultados pelo caminho (entre eles o 17.º lugar no ISA World Junior Championship), mas sendo que era o meu último ano como júnior tinha também uma grande importância para mim ser campeão nacional, pois já desde 2012 que não o era… Na minha opinião esta conquista foi fruto de todo o trabalho feito ao longo do ano com o meu treinador, Manuel Freire Gameiro.

 

Quais os principais desafios encontrados na finalíssima em Ribeira?

Os principais desafios que encontrei na finalissíma em Ribeira foram, sem dúvida, o facto do mar estar pequeno e com poucas ondas por heat e, mais que tudo, o alto nível de surf apresentado pelos outros atletas.

 

“(…) sendo que era o meu último ano como júnior tinha também

uma grande importância para mim ser campeão nacional"

 

 

Que estratégia optaste por levar a cargo?

A estratégia que usei durante o campeonato foi a mesma de sempre. Começar os heats cedo, conseguir mostrar o meu surf e fazer o mais importante: ganhar!

 

Ao nível de atletas, quem dirias que eram os teus principais concorrentes?

A este nível acho que todos os atletas são principais concorrentes, ainda mais com as condições difíceis que estavam. Porém, sem tirar o mérito aos restantes, todos nós temos os principais rivais que, no meu caso, eram o Gonçalo Vieira (que deu uma grande luta durante a final), João Vidal, Tomás Ribeiro, Guilherme Ribeiro, Simão Penha e João Moreira.

 

Qual a bateria mais difícil que disputaste? 

A bateria mais difícil e que mais tremi durante todo o campeonato foi nos 1/4 de final "man-on-man" com o “perigosíssimo" João Vidal que até ao último minuto me esteve a ganhar e que me pôs sobre grande pressão! A razão para ter ficado sobre grande pressão foi por o João ser um muito bom surfista e desta geração mais nova nunca se sabe bem o que é que vai sair dali… (risos)

 

“Esta conquista foi fruto de todo o trabalho

feito ao longo do ano com o meu treinador"

 

 

Sobre o formato do Circuito Nacional de Esperanças, concordas ou não? Onde achas que poderia ser melhorado?

O formato do Circuito Nacional Esperanças agrada-me. Acho que o formato em si poderia ser ligeiramente melhorado, para não ser tudo decidido numa só etapa.

 

Objetivos para a temporada 2018?

Em 2018 tenho como objetivo evoluir ao máximo no meu surf e começar a tentar fazer bons resultados no QS (mundial de qualificação), para um dia mais tarde estar a competir na elite do surf ao lado do Kikas!

 

Última mensagem?

Gostava de fazer um especial agradecimento ao meu treinador Manuel Freire Gameiro (da Surf LIsbon Formação) e aos meus patrocinadores Rip Curl, Xhapeland, PregoGourmet, Wanted, Ocean&Earth e Futures que me apoiam há muito tempo. Obrigado. 

 

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Todas as imagens expostas capturadas durante a Finalíssima em Ribeira d’Ilhas, autoria de Álvaro FR/Ericeira Surf Clube.

Resultados finais e reportagem da prova aqui.  

 

 

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