Brasileiro Caio Ibelli parece ser o elo mais fraco na luta pelo "injury wildcard". Brasileiro Caio Ibelli parece ser o elo mais fraco na luta pelo "injury wildcard". Foto: WSL/Poullenot terça-feira, 27 novembro 2018 17:09

Para quem vão os wildcards? 

Adivinham-se decisões complicadas a tomar em 2019… 

 

Na temporada que se avizinha, a de 2019, a World Surf League tem algumas decisões para tomar. Por exemplo, a quem irão ser atribuídos os “wildcards” por lesão?

 

Sabendo que o Top 17 feminino é composto pelas 10 melhores do WCT e o top 6 do WQS dos rankings da época anterior, é fácil perceber que a luta pelo único wildcard andará em torno de Tyler Wright, Silvana Lima e Keely Andrew - 11.ª, 13.ª e 15.ª classificadas presentemente no World Tour. 

 

Nesta guerra, Tyler já fez questão de dizer bem recentemente, em alto e bom som, que vai solicitar o convite à WSL. Afinal de contas, embora ela não vista uma licra de competição desde julho, tem dois títulos mundiais para acenar e, obviamente, reclamar toda a atenção da entidade que rege o surf profissional. 

 

Operada recentemente aos joelhos, a brasileira não parece levar vantagem perante a australiana. Nem a jovem australiana Keely Andrew que, de entre as três, foi a que se lesionou em último lugar. A situação parece estar resolvida. [Atualização: a situação de Silvana ficou esclarecida com o encerramento do Maui Pro]

 

Entre os homens o tema também já ferve e pode aquecer ainda mais após o Billabong Pipe Masters, a derradeira etapa do Championship Tour que está agendada para 8 de dezembro

 

A cada ano, o Top 34 masculino é composto pelos 22 melhores do WCT, o Top 10 do WQS e 2 wildcards. John John Florence, Kelly Slater e Caio Ibelli respetivamente em 33.º, 35.º e 39.º lugares do ranking, são os nomes que estão na calha. 

 

Vamos por partes. A lesão de Kelly Slater no pé é efetivamente a mais antiga (julho de 2017) e levou até o norte-americano a receber um “injury wildcard” para a presente temporada. Ora, acontece que em 2018 Slater nunca esteve a 100% e na verdade mostrou muito pouco. 

 

Desde a lesão falhou 12 etapas e este ano apenas competiu em duas provas, J-Bay e Surf Ranch, andando sempre a correr atrás do prejuízo (que é como quem diz, a tratar de se pôr bom). No entanto, Kelly é Kelly… o mais badalado surfista de todos os tempos… e sobre os seus ombros jazem 11 imponentes títulos mundiais. Não há como dizer que não a isso. 

 

Já a lesão de Caio Ibelli surgiu durante a terceira etapa do CT, em Margaret River (Austrália), numa sessão de free surf ao final do dia. Até hoje o brasileiro não competiu mais e tem estado dedicado à recuperação. Falhou 8 campeonatos, mas agora parece estar de volta ao surf e pronto para atacar o Tour. 

 

A última lesão fica por conta de John John Florence - magoou o joelho em Keramas, em junho último. O havaiano é bicampeão mundial e um dos mais espetaculares da atualidade, mas está desde então sem competir. No total falhou as últimas 5 etapas. 

 

São três candidatos para dois wildcards. Quem os deverá receber? 

 

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P.S.: A questão fica sem efeito caso John John ou Kelly Slater vençam a última prova em Pipeline. Dependendo do resultado obtido pelos adversários que estão na luta pela manutenção, verificando-se esta situação qualquer um dos dois pode assegurar a permanência via ranking do World Tour. 

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