Filipe Toledo será "contender" ao título mundial deste ano. Filipe Toledo será "contender" ao título mundial deste ano. Foto: Morris/WSL sexta-feira, 11 agosto 2017 15:11

World Tour: Será Filipe Toledo candidato ao título?

Depois do desempenho em J-Bay que mais se pode esperar do brasileiro?

 

Será Filipe Toledo candidato ao título? Nós pensamos que sim. Ainda não será seguramente na sétima etapa do tour, que se disputa em Teahupoo, que começa hoje (aqui), que o fenómeno brasileiro poderá fazer o tão ambicionado assalto à liderança do ranking

 

No entanto, logo após o Billabong Pro Tahiti alinha-se uma série de três eventos (Hurley Pro Trestles, Quiksilver Pro France e MEO Rip Curl Pro Portugal) onde poderá destacar-se e fazer mossa. 

 

Depois do desempenho avassalador em Jeffreys Bay, não restam dúvidas que Filipe Toledo é um dos melhores surfistas da atualidade. Eis algumas considerações… Ele é rápido a reagir e consistente nas finalizações. A imprevisibilidade torna-o definitivamente num dos mais interessantes de observar. É seguramente o mais veloz surfista do momento. E a velocidade, como bem sabemos, é uma das condições sine qua non do surf. 

 

Contra ele joga, talvez, uma postura que nem sempre é a mais adequada e a falta de elegância (já vão duas situações de interferências forçadas esta temporada) que pode aperfeiçoar com o tempo. Tem tempo de sobra para isso. 

 

 

Em 7.º lugar no ranking à partida para o CT do Taiti, depois de um terceiro e quinto lugares em Margaret River e Bells Beach, respetivamente, e, claro da vitória na África do Sul, onde deixou praticamente todos os seus adversários em combinação; não será difícil adiantar que será um dos candidatos ao cetro mundial na recta final do circuito. 

 

Neste campo, John John e Matt Wilkinson terão definitivamente uma palavra a dizer. O havaiano, apesar de surfar qualquer tipo de onda e de ser sempre eletrizante, já deixou claro que é humano e passível de ser batido (ocasionalmente). Ainda assim, um adversário duro de roer e sempre definitivamente um dos que se deve evitar nos heats. 

 

Wilko, à imagem do ano passado, volta a ocupar o lugar da frente, tendo já um 1.º (Fiji), um 2.º (Gold Coast) e um 3.º lugar (Rio de Janeiro) para as contas do ranking. O australiano, cujo backhand” é demolidor, refere que está mais confiante e experiente que o ano passado, mas, eventualmente, mais cedo do que espera já não estará na posse da camisola amarela. 

 

 

Antes de terminarmos vamos apenas atirar mais dois dados estatísticos para a fogueira que poderão aquecer os ânimos da competição em Teahupoo. O primeiro prende-se com o facto de 9 goofies e 9 regulares terem dividido o número de vitórias em 18 anos de CT no Taiti. Por si só, isto significa que qualquer um pode vencer na Polinésia Francesa. 

 

Depois, a seguir a Kelly Slater, que já venceu a prova por cinco vezes mas estará ausente em 2017 devido a lesão, é Gabriel Medina o surfista mais consistente no alinhamento deste ano. O jovem brasileiro, detentor de um título mundial, tem alcançado as meias finais do evento desde 2014. Nesse mesmo ano saiu vencedor da prova. 

 

Afinal, em que ficamos?

 

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