Estrelas do surf de ondas grandes enfrentam Shipstern Bluff
Uma das ondas mais poderosas e perigosas do mundo.
O Red Bull Cape Fear, o campeonato de ondas grandes que ia voltar em 2021 e que ia incluir, pela primeira vez, atletas femininas, acabou por não acontecer, porque as condições nunca chegaram a estar boas o suficiente para a competição. Estiveram, contudo, boas o suficiente para atrair uma série de nomes sonantes no mundo das ondas grandes, como Marti Paradisis, Kelly Nordstrom, o campeão mundial de 2021 Joel Parkinson, e Summa Longbottom, que teria sido uma das mulheres a estrear-se no campeonato este ano.
Capturados pela lente de Tim Bonython, estes e outros surfistas enfrentam a ira de Shipstern Bluff, uma onda notoriamente perigosa.
Como funciona uma das ondas mais perigosas do mundo
Localizada na Tasmânia, só se consegue chegar a Shipstern Bluff através de uma viagem de barco ou jet-ski de 30 km, ou através de uma caminhada de duas horas pelo Parque Nacional da Tasmânia. A água gelada e as condições geográficas tornam este local acolhedor para várias criaturas marinhas, como focas, orcas e tubarões brancos, factor que acrescenta ao nível de risco desta onda.
Por causa da forma do reef, esta onda é caracterizada por aquilo que os surfistas chamam degraus: forma-se uma onda dentro da onda, criando uma espécie de degrau, que representa um desafio para quem surfa Shipstern Bluff.
O peso do volume da água nesta onda é equivalente a 15 caminhões, e o coral no fundo e as rochas no inside fazem de um wipeout em Shipstern Bluff um momento de grande tensão.
O vídeo abaixo explica de forma mais detalhada como esta assustadora onda funciona.