Elias "Figue" Diel começou a surfar ainda em criança, há quase 30 anos atrás. Fazia surf a um ritmo diário até sofrer um acidente de carro que lhe tirou a visão, aos 16 anos. 

Só voltou às raízes do surf há dez anos, depois de praticar jiu-jitsu e escalada, mas foi no yoga que encontrou a força e o equilíbrio necessários. "É como se eu pudesse me apoiar dentro dessa prática, acalmar minha a mente, acalmar um pouco essa agitação que a gente tem, essa ansiedade”, explica. 

Hoje, com 44 anos, “Figue” já cruzou lugares  como o Peru, Cabo Verde, Costa Rica, El Salvador, Indonésia e os Estados Unidos, onde conquistou a medalha de prata no primeiro campeonato mundial de surf adaptado, na categoria de deficientes visuais. 

No mar, “Figue" nunca entra sozinho. Quando não é o irmão, Cláudio Diel, conta com a ajuda de um amigo. "A gente precisa estar posicionado no sítio certo, quando a série vem eles me orientam na hora de começar a remar e apanhar a onda... depois é só sentir e curtir a onda”. 

Um bom exemplo de superação e também uma lição que nos diz que nunca devemos desistir, de que se deve acreditar sempre… e acima de tudo agradecer por se estar vivo.