O caso remonta a julho de 2012, e a nova direção da Federação Portuguesa de Surf (FPS) vem agora reagir à expropriação do Ribeira D'Ilhas Surf Camp. A SurfTotal recebeu, assim, o seguinte comunicado, em que a FPS lamenta que não tenha sido tomada na altura uma posição pela antiga direção: 

"Como é do conhecimento geral, no dia 30 de Julho de 2012, o Ribeira D’Ilhas Surf Camp foi objeto de tomada de “posse administrativa”, tendo sido destruído e os seus proprietários expropriados, num processo que hoje se encontra em discussão judicial, atenda à provável falta de fundamento para essa expropriação e pelo facto de o valor da indemnização proposta pelo Município de Mafra (entidade expropriante) para o terreno em causa ser cerca de dez vezes inferior ao valor real de mercado desse terreno, de acordo com avaliações independentes realizadas por peritos bancários no ano de 2009.

Por estar em causa uma Escola de Surf, filiada nesta Federação há mais de uma década, uma praia emblemática para o surf em Portugal, a FPS deveria ter, na altura, tomado posição, qualquer que ela fosse.

A FPS não se pronunciou nem sobre a expropriação em causa, nem sobre a forma como ocorreu a “posse administrativa”, nem sobre o projecto que foi desenvolvido na Praia de Ribeira D´Ilhas.

A FPS não pode deixar de recordar a importância que o projeto anteriormente desenvolvido no Ribeira D’Ilhas Surf Camp teve como local de referência e de encontro da comunidade do surf da Ericeira e de destacar a capacidade demonstrada pelo Ribeira D’Ilhas Surf Camp na prestação de um serviço exemplar de apoio de praia e de apoio ao surf que, sendo gerido por privados, cumpriu durante mais de uma década verdadeiras funções de interesse público.

Assim, a atual direcção da FPS lamenta não ter a direção anterior, no momento próprio, tomado posição sobre expropriação em causa, sobre a forma como ocorreu a “posse administrativa” e sobre o projeto que veio a ser desenvolvido na Praia de Ribeira D´Ilhas."