Foi no ano de 2010 que Tiago Pires - o primeiro surfista português a competir ao mais alto nível, no World Championship Tour -, alcançou um dos melhores resultados da sua carreira no Tour de elite: um 5º lugar, e logo na mítica prova de Teahupoo, o Billabong Pro Tahiti.

Nesse ano, Tiago começou por vencer o local Tuamata Puhetini (vencedor dos trials este ano), e curiosamente… Taj Burrow, o seu próximo adversário, no primeiro heat da ronda 3. Bom prenúncio?

Para garantir a passagem à ronda 4, Tiago Pires teve de enfrentar o australiano Dean Morrison, que se antevia um osso duro de roer. Mas o Portuguese Tiger estava fortíssimo nos tubos de backside e com um total de 16.03 pontos (6.93 + 9.10) eliminou Dean, que acabou com 15.66. Estava marcado encontro com o amigo e temível competidor Adriano “Mineirinho” de Souza.

Nos oitavos-de-final, ‘Saca’ derrotou o brasileiro com pontuações semelhantes à ronda anterior, tendo somado uma onda de 6.50 e outra de 8.33, num total de 14.83 pontos, contra 12.83 de Mineirinho.

Chegado aos quartos-de-final, Tiago tinha pela frente a forte oposição de CJ Hobgood, um dos melhores do mundo em Teahupoo. CJ acabou por ser mais forte numa bateria algo lenta. Na época Tiago admitiu que CJ tinha sido mais “inteligente” na escolha das ondas. Hobgood chegaria até à final, onde seria batido por Andy Irons.

Com as condições que estão previstas para o recomeço da prova, e tendo em conta os ’skills’ de Saca, onde se destaca o facto de ser um surfista ‘atirado’, esta pode ser uma excelente oportunidade para o nosso representante no Tour provar todo o seu valor. Um dos factores mais valorizados pelos juízes é precisamente o “commitment” dos atletas, aquele momento em que, na dúvida, fazem um drop para uma onda onde outros não fariam. Força, Tiago!