Brasileira de 13 anos desafia ondas XL na Nazaré e impressiona o mundo do surf
A Nazaré voltou a ser palco de momentos arrepiantes esta semana, desta vez protagonizados por uma surfista de apenas 13 anos.
A brasileira Ana Gabriela Pessoti Dagostini, conhecida no meio do surf como Aninha Dagostini, surfou ondas de grande dimensão na Praia do Norte, enfrentando pela primeira vez o maior palco de ondas gigantes do planeta.
A jovem atleta esteve na água no passado 7 de dezembro, poucos dias após o maior swell da temporada ter atingido a costa portuguesa. Acompanhada por Lucas “Chumbo” Chianca, uma das maiores referências do surf de ondas grandes, Aninha mostrou maturidade, controlo e coragem em condições que normalmente estão reservadas a surfistas muito mais experientes.
Apesar de algumas ondas bem surfadas e de uma estreia marcada por boas leituras de mar, houve também espaço para momentos de maior tensão. Num dos episódios registados em vídeo, a jovem surfista sofre uma queda violenta na espuma, fica retida debaixo de água durante alguns segundos e acaba por acionar o colete de insuflação antes de ser resgatada pelo jet ski de apoio.
Num relato partilhado nas redes sociais, Aninha explicou o momento mais crítico da sua sessão:
“Fiquei debaixo de água durante algum tempo e tive de acionar o colete. A espuma estava muito forte. Foram segundos difíceis, mas consegui subir rapidamente. Não estava a respirar por momentos.”
Filha do ex-surfista profissional Benito Dagostini e da surfista Maíra Pessoti, Aninha cresceu rodeada pelo mar e pelo surf, desenvolvendo desde muito cedo uma ligação natural às ondas. Natural de Linhares, no Espírito Santo, é apontada como uma das jovens promessas do surf brasileiro e começa agora a dar os primeiros passos também no universo das ondas grandes.
A presença de surfistas cada vez mais jovens em palcos de ondas gigantes tem gerado debate dentro da comunidade surfista, mas casos como o de Aninha Dagostini mostram também a evolução da preparação, do acompanhamento e da mentalidade das novas gerações.
A Nazaré continua, assim, a afirmar-se como um laboratório extremo do surf mundial — onde limites são testados, histórias começam a ser escritas e o futuro do surf ganha novos protagonistas.





