Há um caso polémico de surf rage e alegações de racismo ocorridos este ano em Jeffreys Bay, África do Sul, que tem agitado a comunidade local de surfistas. Trevor Hansen, amante do oceano, pescador, surfista e aventureiro, amante do oceano, pescador, surfista e aventureiro editou um vídeo, intitulado “J Bay Racism & Surf Rage – The Truth Told”, apresenta o testemunho direto de quem viveu uma situação de ameaças violentas e intimidação, que, segundo os protagonistas, foi amplamente ignorada pelos meios de comunicação social.

Segundo o relato publicado no vídeo abaixo, o episódio começou quando o autor do canal tentou defender dois amigos em pleno line-up. O que parecia ser apenas mais um desentendimento entre surfistas rapidamente escalou para ameaças de morte e acusações de racismo – acusações que, no contexto sul-africano, são particularmente graves e têm consequências sociais e legais pesadas.

“Ser acusado de racismo na África do Sul é um crime pior do que homicídio. Lidar com as repercussões tem sido um pesadelo absoluto, mesmo sendo acusações falsas”, relata Trevor Hansen

O caso chegou a envolver quatro mandados de captura relacionados com as ameaças proferidas, revelando a gravidade da situação. Estão ainda em curso processos criminais contra os indivíduos envolvidos, segundo o testemunho.

Silêncio mediático

Um dos pontos mais sublinhados no vídeo é a alegada falta de cobertura mediática. O surfista afirma que vários meios “recusaram contar a verdade” sobre o incidente, preferindo manter a versão inicial dos acontecimentos. “Isto encaixa-se perfeitamente na confusão mediática em que o mundo se encontra hoje, feito de mentiras e agendas”, denuncia.

Apesar disso, foram publicados artigos no portal Beachgrit e no jornal sul-africano Herald Live, onde comentários e testemunhos de leitores terão ajudado a esclarecer partes da história que, segundo o autor, não pôde divulgar integralmente por questões legais e de privacidade.

Um alerta à comunidade surfista

Mais do que contar o seu próprio pesadelo pessoal, o criador do vídeo afirma que o objetivo é lançar um aviso à comunidade surfista. “Espero que outros surfistas que têm mostrado comportamentos semelhantes aqui tomem nota e mudem a sua atitude”, diz.

Este episódio, agora exposto ao público, levanta questões sérias sobre violência, intolerância e racismo no surf, num dos destinos mais icónicos do mundo, que acolhe etapas históricas da WSL.