The Wave, o famoso parque de surf artificial em Bristol, fecha abruptamente devido a disputa financeira
Encerramento inesperado deixa surfistas e comunidade local em choque
O The Wave, um dos mais populares parques de surf interiores do Reino Unido, localizado nos arredores de Bristol, encerrou repentinamente as suas portas esta quinta-feira, 26 de junho de 2025, na sequência de um litígio financeiro entre os seus investidores.
O anúncio foi feito de forma súbita, apanhando de surpresa milhares de clientes com reservas agendadas. A maioria das funcionalidades do site oficial do parque está agora inoperacional, aumentando a incerteza entre os frequentadores habituais.
Disputa entre investidores na origem do problema
De acordo com um comunicado emitido pela Sullivan Street Partners, acionistas maioritários do The Wave, o encerramento está relacionado com problemas financeiros decorrentes da falência de um dos diretores de um dos parceiros de financiamento, a JAR Wave.
"O The Wave Group pede desculpa sinceramente por todo o transtorno causado e está a fazer todos os possíveis para resolver a situação com a maior brevidade", lê-se no comunicado.
A empresa avançou ainda que está em curso um processo de refinanciamento, que inclui também os projetos em desenvolvimento em Londres. O objetivo é garantir o pagamento integral a todos os credores no prazo de uma semana, permitindo a retoma da operação do parque.
Não é falta de procura, garante CEO
A CEO do The Wave, Hazel Geary, frisou que a decisão não se deve a falhas operacionais nem a falta de procura por parte dos clientes, mas sim a um "problema técnico-financeiro completamente alheio às operações comerciais do parque".
Um marco no surf britânico
Inaugurado em 2019, com um investimento inicial de 26 milhões de libras, o The Wave tornou-se uma referência na cena do surf britânico, atraindo mais de 400 mil visitantes desde a abertura. O complexo é capaz de gerar até 1.000 ondas por hora, adaptáveis a diferentes níveis de surfistas – desde iniciantes a experientes tube riders.
Para além disso, o parque tem sido um exemplo em termos de sustentabilidade, operando com energia solar e baterias de armazenamento, o que lhe permite gerar mais energia do que consome anualmente.
No plano social, destaca-se o apoio regular a surfistas com deficiência, com mais de 400 para surfers a participarem nas sessões inclusivas do parque ao longo dos últimos anos.
Futuro incerto, mas com esperança de resolução rápida
Enquanto os responsáveis garantem estar a trabalhar para uma solução rápida, a comunidade de surfistas britânicos e os visitantes internacionais aguardam por mais informações sobre a possível reabertura deste espaço icónico.
A Surftotal continuará a acompanhar os desenvolvimentos.